Num texto elaborado por Diogo Faria, o FC Porto elencou uma série de pontos onde destrói completamente a argumentação da newsletter diária do Benfica, a “Benfica News”.
Fake News Benfica
A edição de ontem da newsletter News Benfica, que é justamente conhecida como Fake News Benfica, foi integralmente dedicada ao FC Porto. Como é habitual, não passou de mais um chorrilho de mentiras que teve como único propósito tentar desviar o foco das várias crises que o clube atravessa:
1. A crise que resultou da rejeição pela CMVM da OPA do Benfica sobre a própria SAD, que poderia ter como principal beneficiário um sócio secreto de Luís Filipe Vieira.
2. A crise que resultou do conhecimento público dos negócios de Luís Filipe Vieira com José António dos Santos, que o presidente do Benfica sempre escondeu dos sócios e acionistas do seu clube e do mercado, ao contrário do que era sua obrigação.
3. A crise que resultou de um artigo de fundo num dos melhores jornais do mundo que expôs de forma insofismável o domínio ilegítimo do Benfica sobre vários setores da sociedade portuguesa.
4. A crise que resultou da divulgação de um conjunto de ações de colonização de outros clubes da Liga, que só algum tolinho poderá considerar que não constituem casos flagrantes de concorrência desleal com possível impacto elevado na verdade desportiva do campeonato.
5. A crise que resultou de demissão do presidente da Assembleia Geral do Benfica, em conflito aberto com a direção do clube.
6. A crise que resultou do apedrejamento selvagem ao autocarro do Benfica e da vandalização das casas de vários jogadores e de Bruno Lage por parte de elementos das claques que Vieira continua a fingir não reconhecer, apesar de vários anos a financiá-las e a conceder-lhes benefícios.
7. A crise que resultou da reeleição de Jorge Nuno Pinto da Costa como presidente do FC Porto, apesar dos esforços da imprensa vermelha e dos porta-vozes oficiosos do Benfica para denegri-lo durante a campanha eleitoral, talvez esperançados num desfecho diferente.
8. A crise que resultava de apenas uma vitória nos nove jogos anteriores, e que ontem se prolongou para uma vitória em dez encontros, apesar dos recorrentes benefícios da arbitragem – a propósito, como é que o videoárbitro Bruno Esteves não viu uma mão de Taarabt na área em Portimão? Pior: como é que Bruno Esteves, que deixou de ser árbitro de campo por ser incompetente, que é um videoárbitro incompetente, que tem o passado que tem e que tem as ligações ao Benfica que tem, pode continuar a participar em jogos do clube de Vieira? Ou será que o que toda a gente vê como incompetência, sobretudo nos jogos do Benfica, é afinal “competência” e o motivo para continuar a fazer o que faz?
São, portanto, pelo menos oito os fatores da crise do Benfica, que só não é mais vezes referida assim – como crise do Benfica – porque a submissão de uma parte importante da comunicação social aos interesses deste clube continua a ser uma realidade. As estratégias vieiristas para enfrentá-la já estão em marcha há muito e passam essencialmente por duas coisas:1. Sacrificar Bruno Lage, como se fosse Bruno Lage o responsável, por exemplo, por Pizzi ter falhado dois dos quatro penáltis de que o Benfica beneficiou nas últimas quatro jornadas. E como se Bruno Lage tivesse alguma dose de culpa nas vieirices que atiram constantemente o nome do clube para a lama.
2. Atacar o FC Porto, ativando os mecanismos de uma caríssima máquina de propaganda que não hesita em recorrer à mentira para intoxicar o espaço público e desviar as atenções do que não interessa.
Vem tudo isto a propósito, como já se disse, da edição de ontem da Fake News Benfica. Eis algumas das mentiras flagrantes:
1. Os responsáveis pela comunicação do FC Porto surgiram a “elogiar o trabalho isento e equilibrado de José Manuel Meirim” depois de tomarem conhecimento da candidatura de Cláudia Santos ao Conselho de Disciplina da FPF. Isto, pura e simplesmente, nunca aconteceu. Ninguém, em nome do FC Porto, alguma vez recuou em relação às críticas já dirigidas a José Manuel Meirim.
2. O FC Porto tem vindo a “colocar em causa a nova candidatura por se tratar de uma deputada e existir uma eventual incompatibilidade face ao exercício desse cargo político”. Falso, também. O FC Porto tem criticado Cláudia Santos, e requereu inclusivamente a rejeição da sua candidatura, por causa do seu desempenho parcial na Comissão de Instrutores da Liga e por uma animosidade fanática em relação ao FC Porto que é apontada por quem bem a conhece. Quem não tiver a memória fresca só tem de consultar o Dragões Diário de 1 de maio ou rever a entrevista de Jorge Nuno Pinto da Costa ao Porto Canal a 8 de junho e a edição do dia seguinte do Universo Porto da Bancada.
3. Rui Moreira está ligado a “processos de decisão que estão a gerar polémicas”, na sequência de “intervenção noticiada e nunca desmentida do atual presidente do Conselho Superior do FC Porto e presidente da Câmara Municipal do Porto”. Nada mais falso. O que o Benfica diz que nunca foi desmentido, na realidade, foi desmentido por Jorge Nuno Pinto da Costa no Porto Canal: “O Dr. Rui Moreira soube onde será o centro há dias. Nem tinha que saber, pois não é um assunto dele”. É só puxar atrás na box. E, já agora, Rui Moreira não é presidente do Conselho Superior do FC Porto. É vice-presidente.
4. O presidente do FC Porto foi “condenado por corrupção desportiva pelas instâncias da justiça desportiva”. O Benfica esconde que a decisão tomada em 2008 pelo fanático benfiquista Ricardo Costa, também conhecido como “Regresso ao Passado”, foi revertida por instâncias superiores desportivas e desacreditada pela justiça civil. Ou seja, nunca houve qualquer condenação transitada em julgado ao FC Porto ou ao seu presidente. O que é natural, tendo em conta que Jorge Nuno Pinto da Costa não é nem nunca foi um reles ladrão de camiões. Nem sequer costuma começar a chorar quando é mandado parar pela polícia no trânsito, com medo de que seja encontrada droga na mala ou nos pneus do seu carro. Nem sequer trabalha num estádio que terá funcionado como entreposto de comércio de droga. Nem sequer teve um motorista e dirigente condenado por tráfico de droga.
A edição de ontem da Fake News Benfica não é, note-se, o mero resultado de um vulgar trabalho de um mitómano. É antes mais um sintoma de uma crise cada vez mais indisfarçável, que resulta da lama que as ações de Vieira continuam a lançar sobre o Benfica. Os seus papagaios bem podem continuar a atirar a porcaria que os cobre para a frente da ventoinha para tentar atingir os outros. O cheiro pestilento que exalam não os há de largar.