Futebol

FC Porto 1-0 SC Braga. Quem tem classe, classe tem. Mesmo com 18 anos.

 

Um golo do jovem Rui Pedro, aos 90+5 minutos, permitiu ao FC Porto bater este sábado o Sporting de Braga (1-0), no Estádio do Dragão, em jogo da 12.ª jornada da Liga NOS. Em superioridade numérica desde os 35 minutos, os azuis e brancos deram tudo o que tinham, resistiram a um penálti falhado, a um golo anulado que deixou muitas dúvidas e a uma exibição monumental do guarda-redes Marafona, mas a classe de um menino de apenas 18 anos acabou com uma arreliante maldição que prometia prolongar-se pelo quinto jogo consecutivo. Com este triunfo, o FC Porto passa a somar 25 pontos e reduziu para quatro a desvantagem para o primeiro lugar.

A superioridade do FC Porto perante o Sporting de Braga começou a desenhar-se desde o apito inicial, mas a organização dos minhotos foi levando sempre a melhor durante os primeiros 20 minutos. A partir daqui, o domínio azul e branco ganhou força e a abertura do ativo ficou a centímetros de se consumar, mas o cruzamento de André Silva saiu demasiado forte e Diogo Jota, com toda uma baliza pela frente, cabeceou por cima já em esforço (21m). A recente relação conflituosa dos Dragões com as balizas contrárias conheceu novos episódios pouco depois, primeiro com Óliver Torres a desperdiçar uma oferta da defesa bracarense (38m), e depois com André Silva.

Já depois de ter visto Marafona sair-lhe bem aos pés (30m), o avançado portista foi derrubado na área por Artur Jorge quando seguia em posição privilegiadíssima. Grande penalidade indiscutível e cartão vermelho direto para o central do Sporting de Braga, deixando a sua equipa em inferioridade numérica com uma eternidade para jogar (35m). Como sempre, André Silva assumiu a marcação da grande penalidade, mas viu Marafona levar-lhe a melhor outra vez (37m). A maldição persistia e voltou a dar um ar da sua graça já em período de compensação da primeira parte: Layún cruzou com conta, peso e medida para a cabeça de Danilo Pereira, mas a bola bateu no poste, ressaltou em Marcano e foi parar caprichosamente às luvas do guardião minhoto, o grande responsável pelo nulo que se arrastou até ao intervalo.

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Com mais um homem em campo, o FC Porto aumentou a pressão, encostou o Sporting de Braga à sua área e foi acumulando oportunidades desperdiçadas, mas também viu ser-lhe anulado um golo num lance que deixa muitas dúvidas. Maxi Pereira, que cumpriu o jogo número 250 no campeonato, encontrou Diogo Jota na área e o 19 dos Dragões cabeceou para o golo, mas Carlos Xistra anulou-o por suposta falta sobre Baiano (56m), que está muito longe ser evidente. Pouco depois, André Silva desperdiçou nova oportunidade flagrante a passe de Corona (58m) e Marafona voltou a brilhar em dose tripla: duas vezes perante Brahimi (67m) e depois frente a Maxi Pereira, já em plena pequena área (76m).

Os instantes finais foram de absoluto sufoco para o Sporting de Braga, mas o herói Marafona acabou mesmo por não chegar para tudo e o melhor ficou guardado para o fim. Em estreia absoluta no campeonato, Rui Pedro levou o Estádio do Dragão à loucura no quinto dos sete minutos de compensação. Lançado em profundidade por Diogo Jota, o jovem avançado de apenas 18 anos não tremeu na cara de Marafona e picou a bola por cima do guardião bracarense, acabando de vez com a maldição dos tempos mais recentes. Que classe! Justiça foi feita, diga-se em abono da verdade. O FC Porto fez tudo, tentou de tudo e foi finalmente bafejado por uma pontinha de sorte. A sabedoria popular encaixa bem aqui: Não há bem que que sempre dure, mas também não há mal que nunca acabe.

(fonte: fcporto.pt)