Confirma-se… voltamos á instabilidade. A equipa defende bem os caminhos da sua baliza, consegue até criar vários lances de perigo, mas não consegue meter a bola dentro da baliza. É esta a história do jogo desta noite e tem sido esta a história desta época.
Afastados das taças e a 6 pontos da liderança do campeonato estamos numa situação muito delicada. 6 pontos são recuperáveis, mas apenas e só se ganharmos todos os jogos até ao final da época. O que não se afigura fácil.
Fica a crónica ao jogo do nosso site oficial:
O FC Porto empatou este sábado, de forma frustrante, em Paços de Ferreira, naquele que foi o sétimo nulo da época azul e branca. O domínio territorial e em termos de oportunidades de golo foi total: Casillas foi um espectador, mas, do outro lado, Defendi defendeu tudo. Com este resultado, à 16.ª jornada, os Dragões atrasam-se na Liga NOS, estando agora a seis pontos do líder Benfica, no segundo lugar (35 pontos). A equipa pacense ainda só perdeu por uma vez em casa em 2016/17, enquanto os azuis e brancos interrompem o ciclo de quatro vitórias consecutivas na competição, mantendo-se sem perder há 13 encontros.
Na primeira parte, o FC Porto teve 61 por cento de posse de bola e rematou por 12 vezes, contra quatro do Paços de Ferreira. Com a equipa quase sempre instalada no meio-campo dos locais, houve quatro oportunidades bastante evidentes de golo: aos oito minutos, Diogo Jota, isolado por André Silva, permitiu a defesa de Defendi; aos 12, André Silva não conseguiu emendar o passe de Herrera; aos 33, Defendi voou para evitar o golo de Óliver; e, aos 36, Jota voltou a não definir bem na cara do guarda-redes. Dos primeiros 45 minutos ficam ainda dois lances de possível mão, um em cada grande área.
O registo do encontro manteve-se na segunda metade, com os azuis e brancos a procurarem colocar ainda mais pressão e intensidade. Para os jogadores do Paços de Ferreira, Casillas era uma visão mais fugaz do que uma estrela cadente, só que continuava a faltar o mais importante no futebol: o golo. Aos 63 minutos, Diogo Jota serviu André Silva, que dominou muito bem e disparou, mas Defendi interpôs-se mais uma vez, assim como dois minutos depois, a remate de Rúben Neves.
Com o passar do tempo, o discernimento foi naturalmente baixando e a melhor oportunidade até ao apito final foi mesmo um cabeceamento à figura do suplente Rui Pedro, aos 86 minutos. Na Liga, o FC Porto (melhor defesa da prova, com sete golos sofridos), está a pagar caro a falta de capacidade concretizadora fora de portas: são já quatro os nulos (Tondela, Vitória de Setúbal, Belenenses e agora Paços de Ferreira), que custam oito pontos. O próximo desafio é a receção ao Moreirense (domingo, 15 de janeiro, 18h00), para a 17.ª jornada e última da primeira volta.