Fábio Vieira regressou ao seu clube, sendo um dos seis novos reforços do FC Porto para esta temporada. Embora não precise de apresentações e deva adaptar-se ao clube, aproveitará estes dias para se familiarizar com as ideias de Vítor Bruno, sem esconder o desejo de voltar a jogar no relvado do Dragão. “Estou feliz, como é natural, é a minha casa. Estou ansioso por estar no estádio, jogar diante destes adeptos e dar o meu máximo por este clube esta época”, afirmou aos meios do FC Porto, explicando como se deu o seu regresso, dois anos após a saída para o Arsenal por 35 milhões de euros. “Foi uma oportunidade que, acima de tudo, surgiu de mim, pois era algo que eu já desejava: ter minutos de jogo. Passei por uma fase complicada em Inglaterra devido a duas lesões, uma cirurgia, e neste momento senti que o FC Porto era uma excelente oportunidade para continuar a evoluir. Senti que este era o lugar certo para o fazer esta época”, esclareceu.
Dentro do plantel, Fábio irá reencontrar muitas caras familiares e um amigo especial, João Mário, que teve acesso a informações confidenciais ao longo do processo de negociação. “Temos mantido contacto, de vez em quando falamos. Ele enviou-me uma mensagem a perguntar se era verdade, eu esperei até ao fim para ter a certeza, pois nunca se sabe. Depois falamos sobre isso, é um amigo de há muitos anos, já partilhamos balneários desde miúdos.”
O médio é consciente de que, apesar de ser um “filho do Dragão”, terá de começar do zero, em pé de igualdade com os colegas, mas sem esconder a sua ambição. “A nível individual, venho com a intenção de dar o meu melhor, nada está garantido. Vou ter de esforçar-me ao máximo para contribuir para a equipa”, afirmou, antes de abordar os objetivos coletivos. “Quando vestes esta camisola, deves lutar por todos os títulos, em todas as competições em que participes. É isso que vamos tentar fazer, lutar contra todos os adversários da mesma forma, sempre com o objetivo de vencer”, prometeu.
Fábio saiu com 22 anos para o Arsenal e regressa agora com 24, já como pai. Um amadurecimento que espera ser útil. “Tenho mais responsabilidades. Posso afirmar que sou um homem diferente. É verdade que jogava de uma forma diferente do que jogamos aqui, mas tanto lá como cá, as duas equipas têm sempre o controlo da bola, a maior parte do tempo em posse, em processos ofensivos, mas também trabalhamos o processo defensivo, que é igualmente importante no futebol. Temos de estar em pé de igualdade em ambos os parâmetros para sermos superiores em todos os jogos”, destacou.
Neste seu regresso, Fábio foi atribuído o número 10, que pertencia a Francisco Conceição, mas minimizou a “importância” dessa camisola. “É um número como qualquer outro. Costuma-se dizer que o número 10 está associado a pé esquerdo, mas isso para mim é irrelevante, pois quem joga é a pessoa e eu vou fazer exatamente isso, jogar o que sei, dar o meu máximo pelo clube e proporcionar alegrias aos nossos adeptos”, afirmou.