Fábio Silva, campeão da Youth League pelo FC Porto, deu uma entrevista ao OJOGO onde abordou vários temas.
Abaixo a entrevista na íntegra da edição do diário desportivo
O assédio de clubes estrangeiros ainda lhe é indfiferente? -É normal pelo trabalho que tenho desenvolvido, mas tenho pessoas focadas nisso, o que me compete é jogar futebol. O meu maior objetivo é jogar pelo FC Porto no Dragão, mas o futuro a Deus pertence, se co ou não no clube não controlo. Penso sempre que o melhor é estar no clube que amo.
Sérgio Conceição já conversou consigo? -Já treinei três vezes com a equipa principal e o Sérgio costuma dar feedbacks bons. Diz-me para continuar e fazer um bom trabalho, mas sei que as pessoas estão atentas, agora ainda mais. É uma pressão boa. Identico-me muito com Sérgio Conceição.
Como foram os primeiros treinos com a equipa principal? -Na primeira vez, senti-me um bocado tímido, estou habituado a vê-los na televisão e não ao meu lado, mas eles deram-me conança e um à vontade excelentes. Depois é a minha qualidade, porque os melhores têm de estar entre os melhores e, quando isso acontece, a idade passa ao lado e tudo corre normalmente.
Que conselhos recebe do seu pai Jorge Silva? -Que o que aconteceu ontem já passou e temos sempre de dar provas, porque as pessoas têm memória curta no futebol. Temos de mostrar todos os dias o nosso trabalho.
Esta conquista fortalece a equipa para a luta no campeonato nacional? -Vai ajudar-nos muito. Vai ser duro, estamos num duelo com um Benca muito forte, mas isto veio dar-nos uma motivação extraordinária.
Alguém fez uma promessa se vencessem o troféu? -Não, nada disso. O segredo foi adaptarmo-nos às coisas. Muitas vezes recebemos bocas de “a melhor formação” e “a melhor formação é outra” e isso ajudou-nos, fortaleceu-nos. Gostamos de lidar com essa pressão, de provar aos outros que somos os melhores e demonstrámos que somos os melhores da Europa. Ouvimos, vemos essas coisas, mas encaramos de uma forma positiva e motivadora. Qualquer um gostava de estar no nosso lugar. Gostam de mandar coisas para o ar, mas não nos preocupamos com isso, só queremos fazer o nosso trabalho… e está feito.
Imita Ronaldo a entrar em campo e admira Cavani e Mauro Icardi – Além de “rezar”, Fábio Silva tem outro ritual. “Tirei a minha maneira de entrar em campo do Cristiano Ronaldo, que faz sempre aquele skipping e dá um salto, gosto de fazer isso. E entro com o pé direito”, revela o avançado, que tem no jogador da Juventus “a maior referência”. “Pela forma como aborda as coisas, pela paixão que mete no jogo, pela ansiedade de conseguir novos objetivos”, explica. No entanto, há outros dois artilheiros que o inspiram: “Gosto muito do Cavani e do Icardi. Tento sempre ver movimentos e as coisas que posso transportar para o meu jogo”
“Já sou abordado na rua, mas não durmo à sobra” – Fábio ainda nem se estreou pela equipa principal, mas admite que já é “abordado muitas vezes na rua pelos adeptos”. “É bom sinal, mas não gosto de dormir na sombra, quero mostrar o meu trabalho”, acrescenta o avançado, com a garantia de que a fama não o ilude: “Lido bem com isso e gosto de sentir o carinho, de receber mensagens e fotografias, é sinal de que as pessoas do clube estão comigo e isso só me dá ainda mais motivação para estar aqui.”