Acompanha todas as incidências do jogo da 17ª jornada Liga NOS – Belenenses SAD – FC Porto (19:00h) através da nossa emissão com a narração e comentários dos Dragões Luís Mesquita e David Guimarães
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A transmissão pode ser vista e ouvida, hoje, a partir das 19:00h no Facebook Portal dos Dragões , no nosso canal Youtube, na radioportuense.com, no twitter, ou na FC PortoTV
Os golos do FC Porto na última jornada do campeonato:
Sérgio Conceição projetou o jogo com a Belenenses SAD, referente à 17.ª jornada da Liga (quinta-feira, 19h00)
As dificuldades do costume
“Espera-nos um jogo difícil com o pormenor do campo, que é um pormaior. Parece-me a mim que o relvado não está em bom estado depois do último jogo, mas a verdade é que o tempo também não tem ajudado. Vamos encontrar uma equipa interessante no processo defensivo, uma das melhores da Liga nesse aspeto. A proximidade dos jogos e o desgaste físico que os jogadores apresentam também não ajuda, mas temos que olhar para isso tudo, formar o melhor onze e ir ao Jamor ganhar o jogo.”
Belenenses SAD tem uma das melhores defesas do campeonato
“Cada jogo tem a sua estratégia, mas olhamos para o que teremos de fazer para desmontar a boa organização defensiva da Belenenses SAD. É uma equipa que defende bem, mas que não deixa de fazer golos. Lembro-me que em casa contra o Sporting esteve perto de ganhar pontos e que ganhou ao SC Braga. Dentro desse bom processo defensivo, também são perigosos quando atacam, pois exploram bem a profundidade e os espaços nas costas da linha defensiva. Conhecemos aquilo que vamos encontrar, estando sempre dependentes de uma ou outra situação nova que o Petit possa povocar no jogo, mas isso não podemos controlar. Controlamos para onde queremos levar o jogo e estamos preparados para conquistar três pontos fundamentais para nós nesta caminhada.”
Correr atrás da desvantagem pontual
“Temos que olhar para todos os jogos para os ganhar, correndo atrás da desvantagem que temos para o primeiro classificado. Não olhamos para o confronto direto com o Sporting, senão perdíamos o foco nos outros jogos que valem os mesmos três pontos. O nosso foco e concentração estão no jogo com a Belenenses SAD. Ainda falta uma volta inteira, mas espero que no final estejamos no lugar em que acabámos na época passada.”
As contas na parte de cima da tabela
“O jogo falado é grande, mas os últimos campeonatos mostraram que ninguém fica arredado do título por estar sete ou nove pontos atrás. Cada vez é mais difícil ganhar jogos e conquistar pontos. Há quatro equipas que lutam pelo título e outras duas que se estão a aproximar, que são o Paços de Ferreira e o Vitória de Guimarães. Não vejo nada de diferente neste momento.”
Muito satisfeito com o lote de avançados
“Aquilo que posso dizer é que estamos muito contentes com o Taremi, com o Evanilson, com o Marega e com o Toni Martínez. Estou muito satisfeito com os meus quatro avançados. Uns jogam mais e têm mais protagonismo em determinados momentos, mas faz parte do futebol e dos ciclos de uma época desportiva. Só estando a um bom nível nos treinos e havendo essa boa competitividade no plantel é que todos os que têm minutos podem demonstrar o que valem. Neste caso, o Taremi tem feito mais golos. O que importa são os meus jogadores.”
Meses completamente atípicos
“O final da época passada e o início desta tem sido completamente atípico. Não temos público nos estádios, a calendarização é diferente e acumula-se pelo tempo que o futebol esteve parado, os jogadores tiveram apenas três semanas de férias e começaram logo a competir. Tudo é diferente e a pandemia vem influenciar muitas coisas nos jogos, como o onze, a convocatória e até a estratégia, pois já nos vimos privados de jogadores nas vésperas dos jogos. Não começámos de forma consistente, mas com o tempo entrámos nos eixos. Estas situações todas influenciam, sem me querer desculpar com isso, pois tínhamos condições para ganhar em Paços de Ferreira e em casa ao Marítimo, o que nos daria mais seis pontos e o primeiro lugar neste momento. Também houve a adaptação necessária de alguns jogadores que chegaram e que tiveram de perceber a dimensão e a grandeza do FC Porto. O Taremi não era um titular indiscutível e o Evanilson está cada vez melhor com o tempo, por exemplo. Tivemos jogadores que chegaram de realidades diferentes e que tiveram de se adaptar à exigência de um clube como o FC Porto, em que é sempre para ganhar e para se estar a um nível alto. E o próximo jogo vai ser sempre mais exigente. Este estado de espírito não é fácil de incutir, pois muitos são jovens, mas todo o grupo está adaptado à equipa técnica e à dimensão do clube.”
A calendarização da época
“Há competições que podiam ter datas diferentes, mas é uma conversa que tem de haver no início da época e não agora. Mas se queremos bons espetáculos e os melhores em campo, neste ritmo é impossível. Vou ter que mudar no Jamor, pois há jogadores com uma carga muito grande em cima. Entre um jogador com fadiga e outro que é ligeiramente diferente mas que pode dar outras coisas ao jogo, prefiro o que está mais fresco. Não podemos deixar de olhar para as próximas semanas, mas não olhamos para um determinado jogo. O mais importante é o próximo.”
A frustração de Marega na vitória sobre o Rio Ave
“Quantas vezes não meti a pata na poça? Quantas vezes os jogadores acabam os jogos e as exibição não são de acordo com as expetativas deles e com as nossas? O Marega já foi tantas vezes importante e tantas vezes decisivo, que é notícia precisamente por isso, por fazer um jogo menos conseguido. Durante os últimos três anos tem um sido um bicho competitivo. Quando um jogo lhe corre menos bem, isso sim é notícia.”
Solidez defensiva é a base do sucesso ofensivo
“Ouvi o Vítor Pereira a dizer numa entrevista que o FC Porto era uma equipa defensiva e acho que até lhe fica mal e não gostei, pois durante os últimos três anos fomos sempre a equipa que fez mais golos, à exceção da época em que não fomos campeões. Até nos apelidaram de rolo compressor pelas goleadas que dávamos. A importância de não sofrer golos é grande numa equipa. A base para se ganhar jogos é ser-se sólido em termos defensivos. O futebol é um desporto simples, é marcar e não sofrer. Uma boa organização defensiva é a base para se ter sucesso em termos ofensivos. Contra o Rio Ave pressionámos de forma diferente porque conhecíamos a forma de construir do Miguel Cardoso. Somos a equipa em Portugal que nos últimos três anos mais bolas roubou no meio-campo ofensivo. Isso é trabalhar bem defensivamente.”
As contas do título
“Sou Sérgio Conceição, não sou Sérgio Comichão. Estamos a fazer o nosso trajeto e o primeiro classificado está a ganhar também. Isto é uma maratona e no final fazem-se as contas. O Sporting vai à frente e está a ganhar, tal como nós, mas ainda falta muito campeonato. O importante é manter esta cadência e averbar o máximo de pontos possível até ao fim. Em três anos fui duas vezes campeão e no outro não fui sabe-se lá porquê… Neste momento o Sporting está a ser competente e a ganhar os seus jogos. Num certo período da época devíamos ter feito mais e agora estamos a correr atrás do prejuízo.”