O presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, Matos Fernandes, definiu este sábado os dias 6 e 7 de junho para a realização das eleições do clube, que terão três candidatos à presidência.
Numa reunião que reuniu candidatos e representantes das quatro listas apresentadas, ficou determinado que a lista encabeçada pelo presidente Pinto da Costa será a A, a de Nuno Lobo será a B, e a de José Fernando Rio será a C, enquanto a lista independente para o Conselho Superior ficou definida como D.
Jorge Filipe Correia, um dos nomes da lista A, de Pinto da Costa, ao Conselho Superior, representou a candidatura do atual presidente na reunião, e, no final, explicou o porquê da escolha das datas para a realização das eleições.
“Se se opta pela data de 06 e 07 de junho é para aproveitar o terceiro período de desconfinamento. Uma altura em que este tipo de concentrações, com regras de segurança e cautelas, seja possível. As pessoas já poderão ir ao shopping ou ao cinema. Ora, deve ser inédito que algum candidato que quer ir a votos não querer ir logo a eleições, apresentando pretextos dilatórios que fariam arrastar ainda mais a situação. Além de que a direção está em gestão corrente até novas eleições”, explicou, referindo-se ao candidato José Fernando Rio.
O candidato ao Conselho Superior, pela lista de Pinto da Costa, anunciou ainda que as eleições do FC Porto deverão decorrer no pavilhão.
“O senhor presidente da Assembleia Geral transmitiu a preocupação de serem criadas, o mais rápido possível, as condições para que o ato eleitoral decorra de forma tranquila, com todas as condições logísticas, e por isso deverá ser na Dragão Arena, para haver mais espaço entre as mesas de voto. Normalmente a eleição decorre no auditório, também já decorreu na entrada do pavilhão, mas a hipótese agora é de aproveitar todo o espaço do pavilhão”, esclareceu ainda.
Por outro lado, José Fernando Rio, candidato da lista C, revelou-se descontente com a data proposta para a realização do ato eleitoral.
“Sei que vivemos tempos difíceis, diferentes, extraordinários, mas a eleição do FC Porto merece que sejam cumpridos todos os regulamentos e que existam condições normais para as pessoas apresentarem os seus projetos e as suas ideias. Que haja a oportunidade de trocar opiniões com os sócios e que o dia decorra com segurança, para que a saúde não seja posta em casa”, começou por dizer.
O candidato acredita que nessa altura ainda não estarão reunidas as condições para realizar o ato eleitoral.
“Não me parece que no início de junho possam estar reunidas as condições para grandes aglomerações sem colocar em causa a saúde pública. Vamos aguardar com serenidade. Estamos prontos, temos o projeto pronto, as ideias estão alinhadas e vamos à luta, mas preferíamos que fossem noutras condições, tendo em conta os sócios do FC Porto”, disse.
Nuno Lobo, candidato da lista B, está recetivo à data apontada, ainda assim estranhou o facto de ser realizada em dois dias.
“É um processo que já está muito longo e não vimos nenhum problema que seja marcado para os dias 6 e 7. É estranho que seja em dois dias. Pode fazer-se muita coisa de um dia para o outro. A data está marcada, a menos que alguém venha impugnar isto. Isto é uma candidatura do povo e é muito difícil estar com os sócios. Pinto da Costa já tem o trabalho feito. O nosso único interesse é o FC Porto. Este clube não se chama FC Pinto da Costa, mas FC Porto”, concluiu.
As eleições do FC Porto estavam inicialmente previstas para 18 de abril, mas acabaram por ser adiadas devido à pandemia de covid-19.