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Duarte Gomes: “Não alinhamos em frames que insinuam agressões ou condutas violentas”

No seu artigo de opinião do Tribuna Expresso, o ex-árbitro Duarte Gomes, comentou os lances disciplinares do jogo entre o FC Porto e o GD Chaves:

“No Dragão, a superioridade azul e branca foi inegável. No entanto, Nuno Almeida – juiz experiente e com qualidade – teve noite menos feliz.

Maxi devia ter visto cartão amarelo por entrada muito dura e negligente sobre Luis Martins. O lateral uruguaio arriscou demasiado na forma impetuosa como atingiu o seu adversário e ficou muito perto da sanção disciplinar máxima. Ainda assim, não é justo afirmar que tenha sido violento ou que tenha usado de força excessiva: a bola estava jogável para ambos e não houve velocidade/intensidade suficientes que justificassem o vermelho direto.

Apesar da comparação, esta infração nada teve a ver, por exemplo, com a entrada grosseira com que, mais tarde, João Teixeira brindou Sérgio Oliveira. As diferenças são evidentes: o flaviense saltou para um tacle deslizante quando estava a cerca de dois metros do seu adversário. Foi de pé alto, de sola em riste, com muita intensidade, de forma veloz e atingiu, com a sola, o meio da perna do médio azul e branco. A bola já não estava lá. Força excessiva clara que foi bem punida com expulsão.

Pelo meio, Otávio foi rasteirado por Eustáquio, em plena área do D. Chaves. O defesa transmontano foi imprudente e colidiu com o seu adversário, projetando-o para o solo. Foi mesmo lance para penálti. Numa das imagens, a infração pareceu clara e inequívoca, o que podia e devia ter justificado outra colaboração do VAR.

Perto do final, Nitinho e Brahimi trocaram mimos: o flaviense tocou no argelino e este colocou a mão no pescoço daquele, tirando-a imediatamente a seguir.

Felizmente temos opinião própria e não alinhamos em frames que insinuam agressões ou condutas violentas.

O comportamento do jogador azul e branco foi, de facto, antidesportivo, mas aquele gesto não foi violento, não durou mais do que um segundo e não lesionou o adversário. Cartão amarelo sim… mas apenas isso.

Isso não significa que Brahimi não deva conter alguns impulsos, sobretudo os que já repetiu em jogos anteriores. Sim, deve, tal como alguns dos seus adversários devem fazê-lo relativamente a comportamentos-padrão que protagonizam.”