O FC Porto vai participar na 16.ª edição da Taça Intercontinental de Hóquei em Patins. O torneio vai decorrer em San Juan, na Argentina entre os dias 14 e 16 de dezembro e coloca frente a frente os finalistas dos dois torneios continentais.
O site oficial do clube, fcporto.pt , explicou o modelo da prova que se vai realizar este fim de semana:
“Quando ouvimos falar de Taça Intercontinental não soa a estranho, porque o FC Porto já ganhou duas no futebol, mas no hóquei em patins tal não acontece, já que os Dragões nunca disputaram a competição. Aos poucos, a prova foi tentando entrar na dinâmica dos clubes, quase sempre impulsionada pela vontade de emblemas europeus e sul-americanos e tendo a Federação Internacional de Roller Skate (FIRS) a reboque, mas tão depressa havia como deixava de haver.
Desde 1985, ano da primeira edição, que foi ganha pelo UVT da Argentina ao Barcelona, até 2018 a Taça Intercontinental de Hóquei em Patins teve apenas 15 edições. A primeira interrupção aconteceu logo no ano seguinte à estreia, curiosamente o ano em que o FC Porto venceu a primeira Taça dos Campeões Europeus da modalidade.
O Liceo da Corunha – com cinco conquistas – é a equipa que mais vezes venceu a Taça Intercontinental, prova que tem neste ano de 2018 a primeira edição oficial realizada sobre a égide do órgão máximo do hóquei em patins mundial, a World Skate.
A prova foi oficializada no início de 2018 e tinha por objetivo juntar no final do ano os vencedores das provas continentais da Europa (FC Barcelona), América (CL Murialdo), África e Ásia e Oceânia. O objetivo passava por encontrar o Campeão do Mundo em formato de final-four, mas face à inexistência de provas continentais nas duas últimas confederações (África e Ásia e Oceânia), os regulamentos sugeriam que fossem, neste caso, as confederações europeia e americana a indicar quais os outros representantes a estarem incluídos na competição. Assim, para além dos vencedores, surgiram de forma natural os finalistas da Liga Europeia (FC Porto) e do Campeonato Sul-Americano (Concepcion PC).
Com um formato clássico de final-four, a prova cruza em dois jogos (meias-finais) o vencedor de cada uma competição continental com o finalista da competição continental oposta, no caso o CL Murialdo contra o FC Porto e o FC Barcelona contra o Concepcion PC. Os vencedores dos respetivos encontros jogam a final da competição e não há lugar a jogo de terceiro e quarto lugares.
“A equipa está num bom momento e vamos viajar para a Argentina com o objetivo de trazer um título internacional para o Porto. Sabemos as dificuldades que tem esta competição, não só ao nível dos adversários mas da própria viagem, dos horários, do rinque, das condições climatéricas, etc. Esse impacto vai ter alguma dimensão para nós, ao contrário do que acontece com o Murialdo. Mas estamos a fazer tudo para preparar da melhor forma esta participação na prova”, salienta Guillem Cabestany.
Uma nota importante sobre a Taça Intercontinental de hóquei em patins prende-se com o regulamento pois, apesar de manter o formato atual de tempo de jogo, é na aplicação normal das regras que tudo muda, ou neste caso retrocede às regras antigas. Ou seja, desde o início desta temporada que foram introduzidas novas regras no hóquei em patins que já são utilizadas nas provas nacionais e europeias, mas essas novas regras apenas entrarão em vigor nas restantes confederações a partir de Janeiro de 2019. Sendo a Taça Intercontinental realizada pela World Skate, terá as regras antigas em utilização e, dentro daquilo que é o mais notório para quem acompanha a modalidade, vamos passar a ver que o tempo de ataque deixa de existir para quem está em inferioridade numérica 'under-play' e que uma equipa pode ficar a jogar com apenas dois jogadores de pista se tiverem sido admoestada com dois cartões azuis.”