Soares e André André materializaram superioridade frente ao Chaves (2-0). Seguem-se três “finais” para o título
Foi um FC Porto autoritário e seguro que não deixou o Chaves fechar as portas do título, ao vencer por 2-0 em Trás-os-Montes, com golos de Soares e André André, ambos na segunda parte. Tratou-se de um encontro em que a equipa da casa não teve qualquer oportunidade para marcar e em que os Dragões somaram o 28.º encontro consecutivo na Liga NOS sem derrotas. Faltam apenas três jornadas por disputar, que serão autênticas finais, a começar pela próxima (sábado, às 20h30), com uma difícil deslocação ao terreno do Marítimo – o líder está a três pontos e há que aguardar um deslize do Benfica para chegar ao primeiro lugar.
Com Rúben Neves a substituir o lesionado Danilo e o recuperado Corona e Otávio nos lugares de Óliver e André Silva, face ao encontro de domingo frente ao Feirense, o FC Porto começou o jogo pressionante, com as linhas subidas. Porém, os locais defenderam-se sempre bem e as oportunidades de golo não abundaram. Otávio – o primeiro a ver o cartão amarelo, aos 30 minutos, por uma falta menos grave do que algumas que sofrera antes e em que Carlos Xistra fora sempre benevolente – jogava nas costas de Soares, com Corona e Jota nas alas, e foi o ponta de lança brasileiro a dar um safanão na partida aos 34 minutos, com um remate violento para defesa apertada de António Filipe. Nos minutos seguintes, o guarda-redes também teve de se aplicar para travar dois livres perigosos de Rúben Neves.
O intervalo chegava sem golos e a segunda parte recomeçou na mesma toada, com um Chaves compacto e a procurar erros alheios para lançar contra-ataques. Mas seria finalmente o FC Porto a ter a felicidade de marcar num excelente momento, aos 52 minutos: André André recuperou a enésima bola junto à área flaviense, rematou e António Felipe defendeu para a frente; Soares chegou primeiro e apontou o 19.º golo na prova, em que é o segundo melhor marcador. No lance anterior ao golo, lá se viu o penálti da praxe sonegado aos azuis e brancos, com Bressan (deveria ter-lhe sido exibido o segundo cartão amarelo) a empurrar Otávio nas costas.
Os azuis e brancos ainda não tinham concedido qualquer oportunidade ao adversário e, nos minutos seguintes, o controlo de jogo manteve-se. A equipa estava segura do que fazia e, em desvantagem no marcador, os transmontanos subiam mais no terreno, o que proporcionava espaço ao ataque portista – e foi assim que surgiu o golo da tranquilidade, apontado por André André, aos 72 minutos. É de destacar também o passe de rotura que isolou o médio, efetuado por Otávio, autor de uma bela exibição no regresso à titularidade e que se fartou de levar pancada: oito (!) faltas sofridas, mas ainda assim foi o primeiro a ver o cartão amarelo, como referimos. Já na fase final do jogo, aos 89 minutos, Maxi Pereira foi expulso, num lance com Davidson.
(fonte fcporto.pt)