“Samu Omorodion é dragão até 2029.” Esta foi a informação divulgada pelo FC Porto nas suas redes sociais, que causou grande alvoroço a 23 de agosto último. Com o mercado de transferências a fechar dentro de pouco mais de uma semana, os azuis e brancos surpreenderam ao anunciar a contratação do avançado proveniente do At. Madrid. Os pormenores do negócio, que passaram despercebidos a todos, permaneceram, até ao momento, mais ou menos obscuros… até agora. Record revela todos os detalhes.
O entusiasmo que Samu gera hoje entre os adeptos do Porto, especialmente após o bis que marcou em Guimarães no último sábado, já era uma realidade dentro da estrutura do clube, onde o departamento de scouting já tinha sinalizado a sua contratação, a qual foi aprovada tanto pela direção desportiva como por Vítor Bruno. Dada a avaliação interna, uma possível transferência parecia, na altura, uma tarefa quase impossível, especialmente após a notícia de um acordo a rondar os 40 milhões de euros entre o At. Madrid e o Chelsea pela sua transferência.
No entanto, a vontade de o trazer de volta à baila surgiu após o negócio com os blues falhar. As informações que vieram a público indicaram um desentendimento em relação aos valores entre o Chelsea e o próprio jogador, mas, de acordo com o que o nosso jornal apurou, os ingleses decidiram efetivamente não avançar com o negócio, alegando um problema físico crónico do jogador, que os exames realizados posteriormente pelos dragões desmentiram.
Desconsideração por parte do Chelsea
O processo foi complicado, mas avançou rapidamente. Neste contexto, a mãe de Samu, Edith, uma nigeriana que se estabeleceu em Melilla, um enclave espanhol no norte de África onde o avançado nasceu antes de se transferir para Sevilha, teve um papel fundamental, ao aconselhar Omorodion a considerar o FC Porto como o seu destino após perceber que o Chelsea não valorizava o seu filho.
No Wanda Metropolitano
Com a transferência já em andamento, uma comitiva do FC Porto, liderada por André Villas-Boas, deslocou-se a Madrid com grande discrição. Os contratos com o At. Madrid deveriam ser formalizados no Wanda Metropolitano e, já perto das 19 horas, os colchoneros receberam uma proposta que superava a do FC Porto em 5 milhões de euros, pela mesma percentagem do passe. Contudo, nada se concretizou. Os espanhóis, o agente de Samu e o próprio jogador mantiveram a sua palavra, avançando para um acordo. Exatamente às 23h47 dessa mesma noite, a notícia explosiva surgiu. Samu já era dragão até 2029.