“Desenvolver o modelo de jogadora à Porto” é uma das metas de José Manuel Ferreira, diretor de “um projeto focado na identificação de atletas jovens com potencial” que visa “chegar à Liga de maneira estruturada e sustentável, sem apressar o processo, ciente de que o FC Porto é um clube vencedor e ambicioso”.
Em uma conversa com o Jornal de Notícias, o dirigente expressou o desejo de “proporcionar condições ideais para o desenvolvimento das jovens” com o objetivo de ter “uma percentagem considerável de atletas ‘made in Porto’, que possuam raízes e a identidade do clube. A prioridade é, sem dúvida, “captar talento” e o bom trabalho tem sido visível nas convocatórias de jogadoras da formação para as seleções jovens: “Queremos dar uma contribuição significativa para o futebol feminino português, competir por títulos e ter jogadoras que possam ser convocadas, o que já está a acontecer na nossa formação”.
Mostrando-se satisfeito com “a realidade” das várias equipas femininas do clube – “a equipa principal treina em Pedroso e na Constituição, as sub-17 e sub-19 no CDUP – o responsável considerou que está no “projeto mais empolgante da sua carreira”, onde encontrou uma “exigência” que está à altura da grandeza do clube: “Temos um plantel jovem e ambicioso, o que é crucial para quem aspira a subir de divisão. A adesão do público na apresentação transmitiu uma mensagem, tanto para o clube como para o exterior, de que os adeptos aguardavam por isto há muito tempo”.
Quando questionada sobre o futuro, Marta Rodrigues demonstrou otimismo de que o plantel “fará uma excelente época e alcançará o objetivo de subir à segunda divisão”, antes de falar sobre o “sonho de competir na Liga”, que espera que se concretize “o mais rapidamente possível”.
“O grupo é coeso e o ambiente é muito positivo”, acrescentou a defesa internacional das sub-18 que é “portista desde a infância” e que tem vivido momentos que, em seus melhores sonhos, nunca teria imaginado: “Se há uns meses me dissessem que iria vestir a camisola do FC Porto e que jogaria no Dragão, perante mais de 30 mil pessoas, não teria acreditado”.