O desempenho de Diogo Costa durante a temporada 2023/24 no FC Porto e na Seleção Nacional recebeu reconhecimento a nível internacional. O capitão dos dragões e titular na baliza das “Quinas” é um dos dez guarda-redes nomeados para o prémio Yashin, a ser atribuído a 28 de outubro, durante a gala da Bola de Ouro, em Paris, que distingue o melhor guarda-redes a nível global da última temporada. Simultaneamente, Diogo conquista um marco no futebol nacional, ao ser o primeiro português a ser incluído na lista deste galardão, que foi criado em 2019. Rui Patrício, em 2016, foi um dos finalistas da… Bola de Ouro, terminando a votação em 12.º lugar.
Para conseguir a distinção, Diogo Costa terá de enfrentar uma concorrência de… alto nível. Donnarumma (PSG/Itália), Gregor Kobel (Dortmund/Suíça), Lunin (Real Madrid/Ucrânia), Maignan (Milan/França), Mamardashvili (Valência/Geórgia), Emiliano Martínez (Aston Villa/Argentina), Unai Simón (Ath. Bilbau/Espanha), Yann Sommer (Inter/Suíça) e Ronwen Williams (Mamelodi Sundowns/África do Sul) são os outros nove concorrentes ao prémio que presta homenagem a Lev Yashin, um lendário guarda-redes da União Soviética dos anos 1950 e 1960, que recebeu a alcunha de “Aranha Negra” devido aos seus notáveis reflexos. A votação final para este troféu será realizada pelos anteriores vencedores da Bola de Ouro.
O guarda-redes de 24 anos, que veste a camisola 99 do FC Porto, espera, assim, impressionar o júri de elite, apresentando 25 “clean sheets” em 58 jogos (45 com a camisola do FC Porto e 13 pela Seleção Nacional), que incluíram uma exibição memorável contra a Eslovénia, no Europeu deste ano. Durante a ronda de penáltis nos oitavos de final, Diogo Costa conseguiu parar três remates de forma consecutiva, um feito que nunca havia sido alcançado na competição europeia.
Em termos de “folhas limpas”, apenas Emiliano Martínez, Sommer (ambos com 27) e Ronwen Williams (35) conseguiram um desempenho melhor do que o português (25). O argentino, de resto, foi o vencedor do prémio em 2023, sucedendo a Alisson (2019), Donnarumma (2021) e Courtois (2022), e agora tem a ambição de repetir o feito. Diogo Costa, por sua vez, espera que isso não aconteça, alimentando o sonho de “devolver” a distinção ao Velho Continente.