A Assembleia Geral do FC Porto, reunida esta quinta-feira, no Auditório do Estádio do Dragão, aprovou por maioria o Relatório e Contas Individuais e o Relatório e Contas Consolidadas do clube, referentes ao exercício de 2015/16 (1 de julho de 2015 a 30 de junho de 2016). Registaram-se 159 votos favoráveis, 56 abstenções e 20 votos contra entre os 235 associados presentes naquela que foi a primeira reunião magna do clube dirigida por José Manuel de Matos Fernandes, o presidente da Mesa eleito a 17 de abril deste ano.
Os resultados líquidos individuais (-11,625 milhões de euros) e consolidados (-50,433) são negativos. “Estas não são as contas que gostaríamos de apresentar, mas são as contas que nós assumimos que vos iriamos apresentar”, sublinhou o vice-presidente Fernando Gomes, explicando que eles se devem ao facto de, ao contrário de anos anteriores, “não se terem registado mais-valias com as transações de passes de jogadores, que permitem receitas extraordinárias, que compensam o défice tradicional do FC Porto”.
E isso resulta, argumentou o responsável pela área financeira do clube, de “uma política seguida pela SAD” no sentido de não desvalorizar o plantel. “No final da época, surgiram propostas para venda de passes dos jogadores Danilo, Herrera e André Silva, que na altura rondavam os 95 milhões, e que hoje permitiriam que fosse apresentados outros números. Isto resolveria os problemas não só económicos como financeiros e, por outro lado, nem sequer teríamos mais dificuldades em ter que negociar com a UEFA o passo seguinte se não cumpríssemos o fair play financeiro. A equipa técnica e a administração entenderam que, num momento em que ainda não estava garantido o acesso direto à Liga dos Campeões, a venda desses passes seria um duro golpe no percurso desportivo desta época”, explicou.
O Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa também usou da palavra e reiterou a ideia de que se defendeu o plano desportivo em detrimento do plano financeiro, depositando um voto de “confiança ilimitada” em Fernando Gomes. “Foi uma opção e não estou arrependido. Se não tivéssemos seguido essa estratégia, estaríamos a apresentar resultados positivos”, realçou o dirigente máximo do FC Porto, mostrando-se satisfeito com a “confiança que a grande maioria dos associados depositou na fidelidade destes números e na esperança da sua melhoria”.
A Assembleia Geral, que demorou cerca de duas horas, terminou, por proposta de um associado do clube, com todos os presentes no Auditório, a cantarem o Hino do FC Porto, escrito um dia pela pena de Heitor Campos Monteiro e que nos habituámos a ouvir pela voz inconfundível de Maria Amélia Canossa.
(fonte: fcporto.pt)