O FC Porto teve dificuldades em lidar com a pressão relacionada ao favoritismo para a conquista da Liga Europa.
Esta é a conclusão a que se chega a partir das declarações de Vítor Bruno após a partida. Contudo, é impossível não reconhecer a ambição de André Villas-Boas e a confiança que deposita na equipa ao ponto de a considerar capaz de lutar pelo troféu, ao mesmo tempo que o treinador se desresponsabiliza. O FC Porto precisa de alinhar a sua comunicação e, acima de tudo, de compreender que não foi a sua melhor equipa que caiu na Noruega. Vítor Bruno decidiu por uma estratégia de risco, e a derrota teve início por aí.
Deniz Gül finalmente se destacou.
Deniz Gül não conseguiu restaurar a honra da equipa, mas marcou o 3-2 e ainda trouxe alguma esperança. O sueco parecia ofuscado pelo destaque de Samu, mas demonstrou, frente ao Bodo, que pode vir a ganhar destaque. Também é de notar a estreia europeia de Rodrigo Mora, que foi significativa.
Iván Jaime e Gonçalo Borges não aproveitaram a sua oportunidade.
O espanhol e o extremo não corresponderam ao que se esperava. Tanto nas escolhas com a bola como na falta de coesão nas transições defensivas, não conseguiram corresponder. Desperdiçaram o capital de confiança que tinham acumulado na pré-temporada.
As fragilidades defensivas persistem.
As causas são de natureza coletiva. O setor defensivo foi deixado vulnerável pelo ritmo do Bodo, o que aumentou a probabilidade de erros. A equipa voltou a sofrer três golos após a Supertaça.