Geral

“Comunicado da FPF não chama os bois pelos nomes”

Diretor de comunicação e informação do FC Porto afirma que “foi o Benfica quem tentou instrumentalizar” a Seleção.

Francisco J. Marques reagiu ao comunicado emitido pela Federação Portuguesa de Futebol esta terça-feira, no qual se demarca de grupos de adeptos organizados, apontando “um grave problema” e definindo-o como “uma mão cheia de nada”.

“Comunicado da FPF tem um gravíssimo problema: não chama os bois pelos nomes. É uma mão-cheia de nada. Quem tentou instrumentalizar [a seleção] foi o Benfica. Mas alguém tem dúvidas disso? 'Luz pode deixar de receber a Seleção'… [exibe capa de jornal] Isto é o polícia mau, depois vem o bom, o diretor de comunicação do Benfica [Luís Bernardo]. Mas pelo meio existiram senhores a plantar notícias e até alguém da Federação que também planta a sua noticiazinha: 'A FPF não queria claque no recinto, mas seguiu indicação da PSP'. É alguém da Federação Portuguesa de Futebol, que não digo o nome mas tenho as minhas desconfianças, também plantou a sua noticiazinha dentro da mesma instrumentalização. E agora a Federação vem condenar singelamente a instrumentalização? Mas ela tem um responsável. Digam quem é, não tenham medo”, atirou o diretor de comunicação e informação do FC Porto no programa Universo Porto, prosseguindo:

“A Federação diz que esta claque da Seleção não existe. Mas, então, não foi na revista da Federação que o Fernando Madureira foi capa ou algo assim? Acho que foi durante o Europeu. Agora o Benfica queixou-se, já não existe”, rematou.

Francisco J. Marques estendeu as críticas a Pedro Guerra, diretor de conteúdos da BTV e comentador do Benfica na TVI, tomando como ponto de partida o facto de as claques encarnadas não estarem legalizadas.

“É pena que o Pedro Guerra tenha perdido o tempo a fazer graçolas que me são destinadas e não tenha procurado explicar o que se passa. Conseguimos confirmar que elementos da claque do Benfica alugam carrinhas e que tudo é tratado por um senhor Nuno Gago, pago em dinheiro, conforme o acordo com o Benfica prevê. Isto não tem nada de descontos. Trata-se do apoio do Benfica a uma claque que não está legalizada. O Benfica gosta de se gabar que não apoia claques, mas apoia. Um repórter falou nas instalações da claque do Benfica no Estádio da Luz? Como é isso possível se não existe claque? Estes pagamentos a dinheiro são estranhos. Há autocarros de adeptos do FC Porto que são apedrejados por estes adeptos. Existem sanções para quem dá apoio. Mas, na justiça portuguesa há uma coisa que está acima. Ao Benfica nada acontece”, concluiu.

(Fonte ojogo.pt)