A Casa do FC Porto de Espinho divulgou um extenso comunicado no qual acusa Pinto da Costa de “ignóbeis falsidades”, afirmando que não é verdade, como é mencionado no livro “Azul até ao fim”, que a Casa de Espinho tenha “traído” Pinto da Costa ao estar “ao lado de André Villas-Boas” durante a campanha eleitoral.
Comunicado:
“A Casa do FC Porto de Espinho e o seu presidente, António Coutinho, tomaram conhecimento, com perplexidade e indignação, das afirmações proferidas pelo ex-presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, no seu livro “Azul até ao fim”.
Na verdade, não é correto que, como é afirmado, esta Casa tenha “traído” Pinto da Costa por estar “ao lado de André Villas-Boas”. A Casa do FC Porto de Espinho fez questão de manter, como era seu dever, uma rigorosa neutralidade em relação às três listas que se candidataram às eleições, no passado mês de abril, para a Direção do FC Porto e a administração da SAD do clube, pelo que acolheu e promoveu na sua sede social, em igualdade de condições e com o mesmo interesse, sessões de campanha eleitoral dos três cabeças de lista e candidatos a Presidente do FC Porto, um dos quais era Pinto da Costa.
Além disso, não é verdade o que o ex-presidente afirma no seu livro, que no jantar do mês de abril no Casino de Espinho, que comemorou, em simultâneo, os 25 anos desta Casa e os 42 anos de Pinto da Costa como Presidente do nosso clube, todos os presentes no jantar, que, segundo Pinto da Costa, estavam ali apenas “pela minha efeméride”, o tenham recebido de “forma efusiva”, o que é verdade, mas em contraste com “os elementos da Casa de Espinho [que] me recebiam friamente ou evitavam”. Pelo contrário, foi esta Casa, que organizou o jantar, que teve a iniciativa de sugerir ao FC Porto, para homenagear Pinto da Costa, que a data da celebração dos seus 25 anos coincidisse com o aniversário dos 42 anos de Pinto da Costa como Presidente do Clube.
Uma vez que o então Presidente, assim como toda a sua comitiva, foi acolhido neste jantar da Casa e por todos os seus responsáveis com o maior entusiasmo, que foi expressado, em particular, no discurso do Presidente da Casa, António Coutinho, que sublinhou a importância histórica de Pinto da Costa para a grandeza do nosso Clube. Portanto, mais do que uma mentira, é uma calúnia que não podemos deixar de repudiar, que esta Casa e o seu presidente afirmem, como Pinto da Costa diz no livro, que “nos discursos, o presidente da Casa, António Coutinho, ignorou totalmente a minha pessoa e o evento que lhe encheu a sala” (não obstante o evento que encheu a sala com sócios da Casa não ter sido o aniversário dos 42 anos da presidência de Pinto da Costa, mas sim os 25 anos da própria Casa).
Abstemo-nos de fazer considerações sobre os motivos para estas ignóbeis falsidades de Pinto da Costa. Apenas quisemos restabelecer, em defesa desta ignomínia, o bom nome desta Casa e do seu Presidente.”