Vítor Bruno admitiu, em conferência de imprensa, que o primeiro golo portista ajudou a desbloquear o jogo e uma boa organização defensiva do Santa Clara.
“Os golos facilitaram, acabaram por desbloquear algo que estava difícil, mas já tínhamos ameaçado antes. Dizer também que o Santa Clara nos últimos 12 jogos apenas perde com Sporting e Benfica e pela diferença mínima. É uma equipa que se organiza muito bem e se une no momento defensivo ocupando toda a largura do campo”, começou por analisar.
“Era importante nós não subvertermos aquilo que é a nossa intencionalidade, o nosso traço identitário de jogar na busca da profundidade e hoje, eventualmente, até canalizar mais jogo interior do que é habitual. O Santa Clara fecha muito os caminhos à largura e cria uma densidade forte ao ocupar toda a amplitude do campo. Era importante tentarmos ferir por dentro sem nunca precipitarmos em demasia as nossas decisões, sob pena de correr o risco de sermos apanhados em contra-pé. A equipa, nesse momento, esteve sempre muito equilibrada, os nossos pilares táticos estiveram sempre perfeitos, mesmo a transitar defensivamente, sempre com um comportamento irrepreensível e recordo-me de muito pouco do Santa Clara na primeira parte, penso que sem nenhum remate enquadrado”, analisou, antes de falar do primeiro golo.
“Fazemos um golo numa bola parada que desbloqueia. É uma bola parada que, no portefólio todo que temos, acaba por ser inventada pelos jogadores. Depois fazemos o segundo golo logo a seguir e chegamos ao intervalo a ganhar por 2-0 com total mérito. Segunda parte com entrada forte do FC Porto, 10 minutos bem, depois o jogo entra numa toada mais morna, com o Santa Clara a dividir mais o jogo e, na parte final, com as setas que temos apontadas para a frente, criámos mossa novamente, fazemos golo e ganhamos com mérito. O campeonato continua”, finalizou.