Segundo a revista “Visão”, César Boaventura foi acusado pelo Ministério Público de dez crimes, no âmbito da Operação Malapata.
Em causa estão cinco crimes de burla qualificada, três de falsificação de documentos, um de fraude fiscal qualificada e outro de branqueamento de capitais. Boaventura é ainda acusado de falsificar um contrato de representação e cedência de direitos de imagem com Gedson Fernandes, na altura a jogar no Benfica.
O processo, recorde-se, envolve transferências de jogadores e muitos milhares de euros que circularam por várias contas bancárias, apesar de o empresário ter sido declarado insolvente pelo Tribunal de Famalicão em 30 de outubro de 2014.
Uma das formas encontradas pelo arguido para se credibilizar junto dos seus alvos passava por afirmar ter uma “ligação privilegiada ao então presidente do SL Benfica, Luís Filipe Vieira, de quem afirmava ser amigo”, pode ler-se no despacho de acusação. Vieira, segundo a “Visão”, foi ouvido como testemunha no processo.
Durante vários meses, César Boaventura foi colocado sob escuta e mantido debaixo de vigilância por parte da Polícia Judiciária do Porto. Neste momento encontra-se em prisão domiciliária desde dezembro de 2021 e a procuradora do Ministério Público pediu ao juiz de instrução do Tribunal de Instrução Criminal do Porto que esta situação se mantenha, o que foi aceite pelo magistrado judicial, alegando que, com a dedução da acusação, “encontra-se aumentado o perigo de fuga”.