O acórdão do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, que negou provimento ao recurso apresentado pelo Benfica à suspensão de Rui Vitória, expõe as razões da punição ao treinador do Benfica.
Diz o acórdão que Vitória foi punido por palavras dirigidas ao árbitro Hugo Miguel, no final do encontro entre Moreirense e Benfica, das meias-finais da Taça da Liga (3-1).
«No final do jogo, o recorrente Rui Carlos Pinho da Vitória dirigiu-se à equipa de arbitragem de dedo em riste a apontar para o árbitro adicional número um [Hugo Miguel], dizendo: “Parabéns, já conseguiste o que querias! Isto é uma vergonha!”, continuando, dirigindo-se a todos os elementos da equipa de arbitragem, disse: “Vieram para aqui tantos fazer o quê?”», lê-se no acórdão do CD.
Ainda de acordo com o mesmo documento, «em consequência daquele seu comportamento, o recorrente (…) foi expulso pelo árbitro designado para aquele jogo, Tiago Martins».
Recorde-se que, neste acórdão, o organismo nega provimento ao recurso apresentado pelo Benfica, depois de o técnico ter sido suspenso por 15 dias, por lesar a honra e a reputação dessa equipa de arbitragem.
Na sequência dessa decisão, que já era conhecida desde a semana passada, o Benfica anunciou o recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
«Por esta decisão se revelar incompreensível e como tal inaceitável, quando decide manter a sanção disciplinar então aplicada de 15 dias, será interposto o competente recurso para o TAD, na expectativa de este vir a confirmar a sua recente e dominante jurisprudência nestes casos», lê-se num comunicado dos encarnados, de 07 de fevereiro.
O Benfica criticou a «decisão errónea e tardia» e considerou que o recurso interposto a 30 de janeiro «deveria desde logo suspender a aplicação deste castigo», criticando a «qualificação da conduta imputada ao seu treinador».