Pinto da Costa subiu ao palco depois do jantar que assinalou os 35 anos desde a conquista da Taça dos Campeões Europeus e fez questão de mencionar Artur Jorge.
“No seu coração, está o FC Porto, está esta noite histórica, uma alegria infinita, um ponto de viragem do FC Porto. Permitam-me pedir uma salva de palmas para o timoneiro daquela maravilhosa equipa: Artur Jorge. Quando sonhei que havíamos de chegar a Viena… Lembro-me que, quando fiz o meu programa, em 1982, tinha apenas definido que tínhamos de estar numa final europeia. Disseram-me para não por isso, porque achavam impossível, mas disse-lhe que tudo é possível se acreditarmos, se soubermos escolher as pessoas apropriadas para o que sonhamos e queremos realizar. Foi possível porque encontramos um timoneiro como o Artur Jorge, que deixou muita gente espantada, e reunimos uma grande equipa, de profissionais, homens, que levaram ao ponto mais alto da história do FC Porto”, começou por dizer, diante de 700 portistas.
“Compreendem que me é muito difícil neste momento dirigir-me a vós porque fui convidado para vir homenagear, e é nesse sentido que aqui estou, os campeões de Viena e acabo por receber mais prendas do que se estivéssemos no Natal”, disse, provocando gargalhadas na sala.
“Volto a citar Fernando Pessoa. ‘Eu não sou nada, nunca serei nada, eu não quero querer ser nada, mas tenho em mim todos os sonhos do Mundo’. Isto poderá resumir o meu pensamento de há 40 anos quando aqui, em Vila da Feira, foi lançado um movimento para encontrar uma nova direção. Foi com esse espírito que, em cima da meta, aceitei ser candidato à presidência do FC Porto. Foram 40 anos de muitas canseiras, de muitos trabalhos, de muitas vitórias, de muitas alegrias”, disse ainda.