António Costa numa extensa entrevista à revista Visão e publicada esta quarta-feira afirmou que o que se passa fora das quatro linhas no futebol, não lhe agrada:
“Eu adoro o futebol dentro das quatro linhas, mas detesto tudo o que se passa fora das quatro linhas”.
O primeiro-ministro revela o desejo de que aquilo que “se passa fora das quatro linhas não faça esmorecer” o seu gosto e “o gosto de milhões de adeptos pelo jogo”.
Questionado se o governo já não deveria ter tomado uma posição perante “o clima de tensão que se vive no futebol português”, sendo recordado que na Grécia foi o poder político a decidir, por diversas vezes, a suspensão do campeonato, António Costa disse: “Na Grécia, houve um dirigente que entrou de pistola no meio do campo… Ainda não chegamos a esse ponto”.
Desejando antes de mais que “as pessoas tenham bom senso e não deem cabo de uma atividade na qual Portugal tem enormes responsabilidades”, o líder do governo avisa também que “as autoridades devem agir sempre que se justifique, porque ninguém está acima da lei”.
A dado momento da entrevista, a pergunta é bem direta: “Está preocupado com as investigações que envolvem figuras importantes do seu clube, o Benfica?”. “Eu não [risos]. Eu não sou adepto do clube por causa dos seus dirigentes! Num Estado de Direito ninguém está acima da lei. E a tranquilidade de viver num país onde esse princípio se verifica é um fator de confiança no funcionamento da sociedade”, leu-se.