O dia foi marcado por tristeza e dificuldade para todos os adeptos do FC Porto. “Queremos muito honrar o legado de Pinto da Costa neste clube, propagá-lo e continuar a fazer um trabalho bem feito à medida do que ele fez pelo FC Porto, pela cidade e pela região Norte. É a maior recompensa e retribuição que lhe podemos dar”, afirmou o sucessor de Pinto da Costa na presidência dos ‘azuis e brancos’, em declarações ao Porto Canal.
Villas-Boas expressou que este sábado foi um dia “profundamente triste para todos os portistas” e de “grande pesar”, enviando, em nome do FC Porto, os seus sentimentos à família de Pinto da Costa.
“Em nome do FC Porto, da instituição, clube, direção e administração, quero transmitir os meus sentimentos mais sinceros à família. Aos filhos Alexandre e Joana, à Cláudia [esposa] e a todos os que lhe eram mais próximos, os meus mais sinceros sentimentos pela vossa enorme perda. Uma perda enorme para todos os portistas. Uma pessoa com a qual todos aprendemos a viver e a sentir de várias formas”, declarou.
O presidente dos ‘dragões’ sublinhou o “pleno portismo” de Pinto da Costa e o que ele significou para o clube, agradecendo por “tantas alegrias, tantas vitórias e tantos fins de semana de felicidade” que proporcionou ao FC Porto ao longo dos 42 anos da sua presidência.
André Villas-Boas regressou ao Porto nas últimas horas, após ter deixado ao início da noite o estágio da equipa de futebol, com a qual tinha viajado à tarde para o Algarve, pelo Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Pedras Rubras, para a visita do terceiro classificado da I Liga ao Farense, no Estádio Algarve, em jogo da 22.ª jornada do campeonato.
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube onde foi o dirigente mais titulado e com maior longevidade no futebol mundial entre 1982 e 2024, faleceu no sábado aos 87 anos, após uma luta contra o cancro.
Pinto da Costa foi diagnosticado com cancro da próstata em setembro de 2021 e a sua saúde deteriorou-se nas últimas semanas, menos de um ano após a sua derrota nas eleições para a presidência do clube contra André Villas-Boas.
Empossado pela primeira vez a 23 de abril de 1982, seis dias após ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto a conquistar 2.591 títulos em 21 modalidades, dos quais 69 no futebol sénior masculino, incluindo sete títulos internacionais.
O funeral do antigo dirigente ‘azul e branco’ terá lugar na segunda-feira, às 11:00, após o velório, que começará durante a tarde de hoje, a partir das 18:00, na Igreja das Antas.