Após a cadeira dos sonhos, o sócio 7616 do FC Porto irá comemorar mais um aniversário na cadeira do destino. Luís André de Pina Cabral e Villas-Boas, nascido a 17 de outubro de 1977 (47 anos), na cidade do Porto, estabeleceu desde cedo uma ligação especial com o clube, onde apenas não vestiu as chuteiras. Com a bandeira na mão, assistiu a inúmeras partidas nas Antas. Posteriormente, sob a orientação de Bobby Robson, integrou a estrutura do clube, desempenhando funções nos escalões de formação. Durante três temporadas, exerceu a função de observador, acompanhando José Mourinho no Chelsea e no Inter. Apenas um ano após ter iniciado a sua carreira como treinador principal na Académica, alcançou a cadeira dos sonhos no Dragão com a ambição de conquistar tudo. Prosseguiu a sua carreira no banco em Inglaterra, Rússia, China e França, até decidir uma pausa, preparando-se para um novo desafio.
“Tenho uma forte ligação ao destino; as coisas que nos são destinadas tornam-se realidade. As exigências de ser presidente do FC Porto são únicas, dado o peso que a responsabilidade acarreta para uma pessoa que ajudou a construir o nosso portismo […]. Por isso, isso requer uma performance que traz consigo uma série de desenquadramentos pessoais, que já experimentei… No entanto, a presidência é algo que me está destinado. E raramente deixo de cumprir com os meus destinos”, afirmou em junho de 2023. Menos de um ano depois, assumiu o cargo como o 32.º presidente do FC Porto.
Sentado na cadeira do destino, Villas-Boas já arrecadou uma Taça de Portugal e uma Supertaça no futebol, mas para além dos troféus que embelezam o museu, cumpriu várias promessas eleitorais: lançou o Portal da Transparência, deu início ao futebol feminino sénior (com um recorde de assistência no jogo de estreia) e ao futsal na formação, estabeleceu um acordo melhorado com a Ithaka, reduziu a dívida em 45 milhões de euros, finalizou um novo protocolo com as claques, e aumentou de forma significativa o número de sócios do clube, ao mesmo tempo que lançou um novo cartão de associado. Além disso, reduziu drasticamente as comissões pagas nas transações do mercado, construindo um plantel que mantém a competitividade interna. Está também a realizar uma auditoria e a concluir a renegociação da dívida com os bancos. Motivos mais do que suficientes para que o 47.º aniversário seja, de facto, celebrado.