O novo formato do Campeonato do Mundo de Clubes enfrenta sérios riscos de nem sequer se concretizar. Segundo o jornal italiano ‘Gazzetta dello Sport’, a FIFA enfrenta grandes dificuldades em finalizar vários ‘dossiers’ cruciais relacionados com o torneio, o que poderá comprometer a sua realização.
Embora já se conheçam 30 das 32 equipas qualificadas, que incluem o FC Porto e o Benfica, ainda existem várias questões por resolver. A mais significativa diz respeito à venda dos direitos de transmissão da competição.
O prazo para a apresentação de propostas nesta área terminou na quarta-feira, sem que tenham surgido propostas “das Américas, da Ásia, da região MENA, do Médio Oriente e do Norte de África”. A FIFA, que tinha a expectativa de arrecadar 4 mil milhões de euros com a venda dos direitos televisivos, apenas conta com a Apple como potencial interessada, sendo que a empresa de Tim Cook não está disposta a ultrapassar mil milhões.
De acordo com o diário desportivo italiano, a principal razão para a ausência de propostas está relacionada com o facto de a competição se realizar nos Estados Unidos, um país com vários fusos horários, e também pelo fato de ainda não terem sido revelados os estádios que irão acolher os jogos.
Contudo, os desafios para a FIFA não se limitam a isso. Segundo a mesma fonte, os prémios a serem atribuídos aos clubes participantes não são suficientemente atrativos, a ponto de, como referiu a ‘Gazzetta dello Sport’, o Real Madrid, atual campeão europeu, ainda não ter confirmado a sua participação.
Além de tudo isto, há também a recente onda de jogadores que se têm manifestado contra o aumento do número de jogos no calendário do futebol, com nomes como Rodri, do Manchester City, Alisson Becker, do Liverpool, e Son Heung-min, do Tottenham, já a ser considerada a possibilidade de convocar uma greve de jogadores.