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Advogados de Rui Pinto acusam justiça portuguesa de “assédio judicial”

Os advogados de Rui Pinto, o informático que esteve na origem das revelações do “Football Leaks”, acusaram, nesta quarta-feira, as autoridades portuguesas de “assédio judicial” contra o seu cliente.

«Os advogados abaixo assinado denunciam o incrível assédio judicial ao seu cliente, o senhor Rui Pinto», apontam em comunicado o francês William Bourdon e o português Francisco Teixeira da Mota. Recorde-se que Rui Pinto está indiciado pela prática de quatro crimes: acesso ilegítimo, violação de segredo, ofensa à pessoa coletiva e extorsão na forma tentada.

Os dois causídicos reforçam na nota que “a detenção é desproporcional em relação aos factos, tendo em conta que estes não serão objeto de uma classificação penal”.

Em prisão preventiva desde 22 de março, Rui Pinto, de 30 anos, foi detido na Hungria e entregue às autoridades portuguesas, com base num mandado de detenção europeu, estando indiciado pela prática de quatro crimes: acesso ilegítimo, violação de segredo, ofensa à pessoa coletiva e extorsão na forma tentada.

Na base da emissão do mandado de detenção europeu estarão acessos ilegais aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen Sports e posterior divulgação de documentos confidenciais, como contratos de futebolistas do clube lisboeta e do então treinador Jorge Jesus, além de outros contratos celebrados entre a Doyen e vários clubes de futebol.