Um conjunto de adeptos do FC Porto dirigiu-se ao Olival, na madrugada desta segunda-feira, com o propósito de expressar o desagrado pelo descalabro ocorrido contra o Benfica. Inicialmente, pensava-se que o autocarro da comitiva se encaminharia para o Estádio do Dragão, mas, ao se perceber que o destino era o Olival, esses apoiantes, na sua maioria membros de grupos organizados, que regressavam do clássico, alteraram o percurso para Vila Nova de Gaia, manifestando-se com a intensidade que os caracteriza.
Os jogadores sentiram a pressão da indignação dos adeptos, na sequência do que já tinha sido comunicado por André Villas-Boas no balneário. Apesar de terem sido feitos insultos, com Vítor Bruno a ser um dos principais alvos, segundo a informação do jornal Record, a manifestação no Olival não resultou em atos de violência, ao contrário do que já tinha ocorrido em outras ocasiões, como no ataque de alto risco ao técnico holandês Co Adriaanse.
Descontente com a situação que se passou na Luz, Vítor Bruno optou por cancelar os dias de folga habituais, e os jogadores que não se encontram ao serviço das selecções nacionais continuarão a treinar. Na última pausa, por exemplo, o técnico tinha dado dois dias de folga. Contudo, e apesar do desgaste resultante de um calendário bastante exigente, e do plantel ter jogado contra a Lazio na quinta-feira e frente ao Benfica no domingo, com deslocações pelo meio, a falta de atitude demonstrada contra as águias resultou na aplicação de um “castigo” que frustrou as expectativas de descanso de alguns jogadores.
Embora Vítor Bruno, segundo apurou o nosso jornal, tenha decidido não se dirigir ao grupo, adiando para outro momento a análise da derrota contra o Benfica, os jogadores foram informados de que, em vez das folgas esperadas, os treinos continuarão sem interrupções. Assim, os jogadores que não foram convocados para as selecções terão de continuar a esforçar-se para se redimirem da situação que deixou o FC Porto a 6 pontos do Sporting no campeonato e em risco de enfrentar uma crise inesperada, tendo em vista a forte aposta de Villas-Boas na conquista do título na sua primeira época como presidente, que até agora não se tem concretizado.