Pinto da Costa recuou até ao ano de 2017 para recordar, em mais um episódio de ‘Ironias do Destino’, a contratação de Sérgio Conceição.
O Presidente portista recuou até ao dia 27 de maio de 2017: “Estava eu, Sérgio Conceição e Luciano D’Onofrio. Tinha em mente que estava na altura de o Sérgio ser treinador do FC Porto, acreditava muito nas suas capacidades, na sua forma de viver intensamente as coisas, no seu amor ao clube”, começou por dizer.
“Conheço-o desde o 16 anos, quando ele veio para o FC Porto. Acompanhei toda a sua carreira e já no ano anterior, quando ele estava no V.Guimarães, esteve iminente a sua vinda, só que, por fatores que poderiam não ser bons para a vinda dele, achei melhor esperar mais algum tempo e a opção, nessa altura, foi o Nuno Espírito Santo. Quando o Nuno foi embora, tinha como objetivo principal a vinda do Sérgio, só que havia um problema: ele tinha renovado pelo Nantes por vários anos. Estava realmente com muita pena”, assumiu Pinto da Costa.
“Fui almoçar com o Luciano D’Onofrio e disse-lhe que estava à procura de treinador. O meu desejo era o Sérgio, achava que não era possível. Mas o D’Onofrio disse-me que o sonho do Sérgio também era treinar o FC Porto. Telefonamos-lhe do restaurante e dissemos para estar aqui às 16 horas. Pus-lhe o problema, disse que queria que ele fosse treinador do FC Porto, se fosse possível ele desvincular-se. O Sérgio disse ‘isso não tem discussão, eu trato disso’, e traçou logo ali um plano com o Luciano”, contou o Presidente do FC Porto, revelando a muita vontade de Sérgio Conceição.
“Não era fácil, mas muito me entusiasmou, porque demonstrou que ele era audaz, tinha muita vontade de vir. Estava num projeto tranquilo no Nantes, tinha condições para estar sossegado e ter êxito. No dia seguinte, logo de manhã, foi de avião para Nantes, para se desvincular. Foi muito difícil, mas a vontade dele era tão grande que o presidente do Nantes acabou por ceder. Para mim, o dia do seu ingresso no FC Porto foi o dia 27 de maio, um dia muito especial para o clube e passou a ser ainda mais. Nestes quatro anos, o Sérgio venceu 50% dos campeonatos, duas supertaças e uma Taça de Portugal. Foi um dos muitos treinadores com sucesso que passaram pelo FC Porto”, elogiou ainda.