Jorge Nuno Pinto da Costa não escondeu a emoção na gala dos “Dragões de Ouro”.
Pinto da Costa fez o seu discurso habitual na gala dos “Dragões de Ouro”. O presidente dos portista falou, com alguma emoção, sobre os prémios entregues na noite desta segunda-feira e também acerca do seu percurso na direção do clube.
“É um momento para mim de grande dificuldade, de muita emoção, mas no qual não vou fazer nenhum discurso. Vou simplesmente deixar sair da minha alma e do meu coração o que sinto. Diz o poema ‘O Infante’, que Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce. Deus quis, contra as minhas ambições, que em 1982 me tornasse o 31.º presidente do FC Porto. Então o Homem que foi escolhido para tal sonhou. Sonhou que este clube havia de ser campeão em todas as modalidades, que havia de ir a uma final europeia, que havia de ter um centro de treinos, que havia de ter o melhor museu de troféus do mundo e que, quando deixasse o cargo, deixasse todos no clube unidos à volta do símbolo do FC Porto. Mas ao longo destes anos, foram tantos os que me impressionaram com o seu extraordinário trabalho que em 1985 decidimos criar um galardão que distinguisse os que melhor faziam o seu trabalho. Ano após ano, escolhemos os melhores, mas hoje, passados tantos anos, foi uma felicidade para mim ter podido entregar os 14 galardões a um leque de exceção”, disse Pinto da Costa.
Sobre Sérgio Oliveira, o Presidente desfez-se em elogios e enalteceu a época que o médio fez no ano passado. “Já cá está há tanto tempo, creio que veio para o FC Porto de berço. Fez uma época que justifica plenamente a atribuição deste galardão. Quando acabares a carreira e fizeres uma retrospetiva, vais perceber que o ano 2020/21 foi uma grande época, que nós não esqueceremos, porque contribuíste para grandes vitórias. E estou certo de que nem a Juventus se há de esquecer. Contribuíste para uma grande vitória”, acrescentou o presidente dos portistas
A concluir, o presidente azul e branco confessou a sua ambição de poder continuar ao serviço do FC Porto. “Vou terminar parafraseando Fernando Pessoa como fiz no início: Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce. Eu penso que Deus quer que não esteja durante muito mais tempo a cumprir a missão para a qual me destinou, mas eu sonho, continuo a sonhar que ainda vou poder ser durante mais algum tempo útil ao FC Porto. E continuo a sonhar e tenho a certeza que Deus me permitirá mostrar no sítio certo que a orquestração de certa comunicação social, de calúnia e mentira para me afrontar a mim, ao FC Porto e aos meus amigos, estou certo que vou a tempo de mostrar aquilo que sempre fui, como os meus pais me ensinaram. A obra continua a crescer sempre, comigo, com quem vier, porque o FC Porto é eterno”.