Há uma linha de gases poluentes que separa Porto e Lisboa. Dois pesos e duas medidas. E, acreditem, isto vai muito além da constante embirração e perseguição ao FC Porto.
Então vejamos. A 23 de agosto de 2020 Bayern Munique e PSG disputaram em Lisboa a final da Liga dos Campeões. A nomeação do palco da final [Lisboa] foi, no auge da pandemia COVID-19 em Portugal, recebida com euforia na comunicação social. Líderes do futebol português e políticos congratularam-se com a escolha da UEFA. O primeiro-ministro António Costa veio a público dizer que a final da prova europeia em Lisboa “era um prémio para os profissionais de saúde”. Expressão alvo de muita chacota na redes sociais e interpretada com alguma provocação quer pelos profissionais de saúde quer no mundo político.
Posto isto, a UEFA volta a eleger Portugal como palco da final de 2021, só que desta feita a realizar-se na cidade do Porto e no Estádio do Dragão. Relembrar que Portugal só foi novamente escolhido depois de Inglaterra ter recusado, mesmo com duas equipas inglesas na final, que a partida se realizasse com público.
O que importa perceber agora é de que maneira a eleição da Cidade do Porto foi recebida por aqueles que fazem a opinião pública.
Ora bem, não tiveram mais nada para dizer, escrever ou elogiar e foram buscar um estudo da Associação ZERO, que “lamenta a realização do evento em Portugal”. Tenho duas perguntas: porquê estar sempre a associar a palavra “Porto” e a meter fotos do Estádio do Dragão quando o assunto é mau? Quando a final foi jogada em Lisboa, em pleno Covid, preferiram sempre destacar os milhões porquê? A final é jogada em Portugal. No máximo, quem teria de aparecer nas imagens, seria António Costa. O responsável pela mesma se realizar em território Luso.
Repito a ideia inicial: isto é muito mais do que embirração com o FC Porto. Isto é gozar e brincar com o povo do Norte. Isto é manipular e desvirtuar opiniões.
Autoria: Filipa Rodrigues