E vão 520 minutos de celibato com as balizas… Desespero, dores de alma, urticária, gritos de exorcismo. E tudo silenciado por um menino de 18 anos chamado Rui Pedro.
Até há precisamente uma volta, o cenário do FC Porto estava longe de ser animador, como comprova o excerto acima da crónica do jogo dos azuis e brancos com o Sp. Braga. À entrada para a 12.ª ronda do campeonato, a equipa de Nuno Espírito Santo ocupava o 4.º lugar da classificação com 22 pontos, menos sete pontos do líder Benfica, que parecia embalado rumo ao tetracampeonato.
O golo de Rui Pedro, já nos descontos da partida com os bracarenses, acabou por marcar o início da recuperação do dragão, que está agora, uma volta depois, a apenas um ponto do rival lisboeta.
Numa volta, o conjunto de Nuno Espírito Santo apresenta números de registo, que explicam a aproximação à pole-position: são 14 vitórias e três empates (incluindo uma sequência de nove triunfos), sustentados por 43 golos marcados e oito sofridos. Antes desse duelo com o Sp. Braga, que vários jogadores do FC Porto já admitiram ter representado uma espécie de libertação de um colete de forças, os azuis e brancos tinham 19 golos marcados no campeonato, menos sete do que o Benfica, que tinha na altura o melhor ataque e a maior diferença entre tentos apontados e sofridos (+21).
Neste registo, que só terá importância caso Benfica e FC Porto terminem o campeonato em igualdade pontual, os azuis e brancos levam já uma vantagem importante de cinco golos (+49 contra +44) sobre os rivais.
Neste sábado, os azuis e brancos têm mais uma etapa para uma luta que parecia quase perdida há uma volta. Até Rui Pedro pôr termo ao celibato com as balizas e indicar o caminho dos triunfos.
FC Porto desde a 12.ª jornada
Golos marcados: 43
Golos sofridos: 8
Pontos: 45
Benfica desde a 12.ª jornada
Golos marcados: 32
Golos sofridos: 9
Pontos: 39
(Fonte maisfutebol.iol.pt)