João Pinto, antigo capitão de equipa e figura histórica do FC Porto, foi o convidado da edição deste sábado do programa “FC Porto em Casa”, da FC Porto TV, onde recordou a estreia de azul e branco, frente ao rival Benfica, no Estádio da Luz.
“Não sei se foi o Adelino Teixeira ou o Jaime Pacheco que se magoou e entrei e mandei logo duas ou três sarrafadas a quem aparecia pela frente, o Stessl [treinador] no final disse que tinha gostado. No jogo a seguir ganhámos 4-1 e também fui para o banco, ao intervalo alguém se magoou e entrei. A partir daí joguei mais vezes, mas depois deixei de ser convocado e nunca fui aposta”, começou por contar o ex-lateral. A situação mudou com José Maria Pedroto ao leme da equipa:
“Quando veio o senhor Pedroto, estava para ser dispensado. Fui ao balneário falar com ele e estava a lá o Ferreirinha, treinador do Paços de Fereira. 'Vais para lá. Não te preocupes que vamos estar em cima de ti' disse. Pensava que já nem treinava mais. O Pedroto chega, dá a equipa e diz que do outro lado ia jogar o miúdo, que era eu. Então sou dispensado e ainda vou treinar? Lembro-me que eu e o Jaime disputámos a bola e eu dei-lhe uma porrada do caraças. O senhor Pedroto virou-se para ele e disse que eu qualquer dia lhes ia ao traseiro. No final do treino, Pedroto disse que já não ia ser dispensado, que ficava cá. Passado um mês, fui convocado contra o Salgueiros, em Vidal Pinheiro. Ele levava um ou dois a mais e começou a dar a equipa e no lado esquerdo disse que ia jogar o miúdo, eu. Correu bem o jogo, o Inácio magoou-se, depois o Gabriel e passei para o lado direito. Nunca mais saí”, acrescentou João Pinto, que gostava mais de assistir os colegas de equipa do que marcar golos.
“Dava-me mais gozo fazer assistências do que marcar. Mas tenho dois golos que destaco: um na Póvoa de Varzim com Pedroto, que foi quase do meio campo, um chapéu. O outro foi contra o V. Guimarães, acho que já éramos campeões, ganhámos 1-0 e fui eu que marquei”, rematou.