João Paulo Rebelo assegura que o Governo quer tornar a lei “eficaz” e, quando ao Benfica-FC Porto, está atento às manifestações “que nada têm a ver com futebol”.
O secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, marcou presença na tertúlia “Café com Fair-Play”, em Braga, aproveitando para deixar um comentário ao clássico de domingo entre Benfica e FC Porto, no Estádio da Luz.
“Estou naturalmente atento ao que são as manifestações que nada têm a ver com futebol e é isso que queremos erradicar, sejam atos de violência física ou verbal que não têm interesse nenhum. O futebol é espetacular ao nível da pratica individual e de clubes. Temos o melhor jogador de futsal do mundo e o melhor jogador do mundo, o que nos motiva pelo trabalho feito na formação, e é algo do qual todos os agentes desportivos se devem orgulhar e encarar com responsabilidade acrescida, pelo que é a sua intervenção no domínio público. Este fim de semana quero muito que se festeje uma performance desportiva de ambas as equipas e que seja um espetáculo que motive todos os que acompanharem no estádio ou em casa. Isso é que interessa, porque o futebol é a modalidade que mais mobiliza os portugueses”, afiançou João Paulo Rebelo, que pretende ver uma ação cada vez mais “eficaz” da parte do Governo no que toca à resolução de problemas no futebol português, admitindo a necessidade de reformulação de leis “ineficazes”:
“As pessoas recorrem ao Governo e ainda bem, porque é o Estado no seu papel protetor dos direitos dos cidadãos. O Governo trabalha quotidianamente com as instituições do futebol e a conferência teve painéis importantes sobre segurança e o papel dos dirigentes desportivos e comunicação social que infelizmente não vi vertidas na comunicação social. O Governo está a finalizar uma proposta lei, porque a lei de 2009 sobre a violência tem de ser melhorada no tema do combate e prevenção, como, por exemplo, aumentando o limite mínimo de coimas e a obrigatoriedade das sanções acessórias. A lei das claques também é ineficaz, não funciona. Há poucos adeptos registados em relação ao número de clubes. Queremos tornar a lei eficaz”, rematou o secretário de Estado.