Foi curioso o discurso de Luis Filipe Vieira à margem da inaguração de uma nova casa do Benfica:
“As nossas vitórias são sempre para nós, nunca contra ninguém. Respeitamos os nossos adversários e rivais. Não escondemos a ambição de conquistar o penta. Os títulos foram conquistados com mérito desportivo, só isso. Mas isso é muito. Daqui a umas dezenas de anos, quando os nossos filhos e netos olharem para trás, eles verão o legado que cada um dos clubes deixou. Entra aqui a responsabilidade dos dirigentes. Exige a que se esteja a altura do desafio. Estou à vontade para falar disso. Nas vitórias ganhamos todos. Quando perdemos, sou sempre o primeiro a dar a cara”, começou por referir.
“Os objetivos estão bem identificados: a conquista do penta e a luta pelos títulos em todas as modalidades. As nossas palavras se ordem são a união, compromisso e apoio dos adeptos. A união da equipa ficou bem testemunhada pelo gesto do Jonas [na gala dos prémios Cosme Damião], igual ao mais belo golo da sua carreira. Um momento que explica bem o ambiente que se vive no nosso clube, em que todos estamos unidos com um compromisso muito forte. Nunca deixaremos alguém para trás”, atirou.
“O nosso percurso tem sido feito com os pés bem assentes na terra. Neste clube dependemos de nós próprios. Somos livres e autónomos. Não estamos intervencionados pela UEFA, nem vivemos da boa vontade de crédito da banca. Ultrapassámos as dificuldades com muito trabalho. Estamos de olhos postos no futuro. É por isso que vamos reduzir a nossa dívida bancária em 100 milhões de euros. No fim do mês, estarão liquidados a uma instituição financeira em Portugal. O Benfica vai libertar todas as garantias que tinha nessa instituição. O Estádio da Luz passará a ser do grupo Benfica sem nenhuma hipoteca”, acrescentou.
Recorde-se que estamos a falar do homem que tem uma dívida monumental à banca e que ainda teve direito a ter uma empresa de gestão de créditos a gerir a sua dívida. Empresa essa que é gerida por Nuno Gaioso Ribeiro, vice-presidente da SAD do Benfica.
