O caso que foi criado após uma denúncia anónima e posterior notícia revelada pelo jornal A Bola, teve nos últimos dias vários desenvolvimentos.
Logo no dia em que a notícia foi relevada (quinta-feira, 03/Março), Francisco J Marques negou que a segunda parte do jogo com o Estoril tenha sido objeto de qualquer negócio, mostrando, no Porto Canal, dois documentos de uma transferência para o Estoril efetuada no dia 14 de fevereiro, uma semana antes da realização da segunda parte do jogo.
No dia seguinte, sexta-feira, a revista Sábado divulgou uma conversa não autorizada com Francisco J Marques, onde dava conta que o FC Porto tinha recusado enviar o original da factura. Dizia a revista Sábado, que algumas das parcelas dessa factura estavam rasuradas.
Hoje, o jornal O JOGO, lançou uma notícia na sua versão online onde diz ter tido acesso aos documentos e causa, conseguindo assim discriminar as parcelas:
- 50% dos direitos económicos-cedência definitiva ao V. Guimarães do atleta Tozé – 190 mil euros
- 20% dos direitos económico-cedência definitiva ao Al Hilal do atleta Carlos Eduardo – 380 mil euros
- 40% dos direitos económico-cedência temporária ao V. Guimarães do atleta Licá – 95 mil euros
- 40% dos direitos económico-cedência definitiva ao Nottingham Forest do atleta Licá – 119 mil euros
A factura relativa a estes pagamentos foi emitida pelo Estoril no dia 26 de Outubro de 2017, foi rececionada pelo FC Porto no dia 2 de Novembro e foi paga, como foi dito, no dia 14 de Fevereiro de 2018, num momento em que o FC Porto terá tido liquidez financeira para efectuar o pagamento, visto ter conseguido obter a necessária liquidez por causa do jogo frente ao Liverpool. É importante referir que os detentores dos bilhetes de lugar anual do FC Porto, o Dragon Seat, não inclui os jogos da fase a eliminar da Liga dos Campeões, pelo que a venda de todos os lugares deste jogo foram capitalizadas em receita.
Segundo Francisco J Marques, o FC Porto tinha liquidado o IVA relativo a esta factura em Novembro, no valor de €180.320.
