Em 31 de janeiro de 2024, a antiga figura de liderança dos Super Dragões foi detida pela PSP, e o caso será julgado com 12 arguidos, com o FC Porto a solicitar uma indemnização de 5 milhões de euros.
Hoje, assinala-se um ano desde que Fernando Madureira, o antigo chefe dos Super Dragões, foi detido pela PSP na sua casa, no âmbito da Operação Pretoriano. Desde esse momento, ele encontra-se em prisão preventiva, sendo o único dos 12 arguidos a estar nesta situação.
O caso teve origem nos tumultos que ocorreram durante a Assembleia Geral extraordinária do FC Porto, que teve lugar a 13 de novembro de 2023, na Dragão Arena. Esta reunião, que visava a aprovação de novos estatutos sugeridos pelo Conselho Superior, terminou com episódios de violência e coação a sócios do clube.
Em 5 de dezembro, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decidiu que todos os arguidos seriam levados a julgamento, mantendo os mesmos termos da acusação do Ministério Público (MP). Durante a leitura da decisão, a juíza destacou que a acusação foi amplamente sustentada pela força da prova documental, testemunhal e pericial apresentada.
Para além de Fernando Madureira e da sua esposa, Sandra Madureira, serão julgados Vítor Catão (que se encontra em prisão domiciliária), Hugo Polaco, Vítor Aleixo, Vítor Aleixo (filho), Fernando Saul (ex-Oficial de Ligação aos Adeptos e antigo speaker do Estádio do Dragão), Carlos Jamaica, Hugo Fanfas, José Pereira, Fábio Sousa e José Dias.
Os crimes em questão incluem 19 acusações de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no contexto de um espetáculo desportivo, uma de instigação pública a um crime, outra de arremesso de objetos ou produtos líquidos, e três de atentado à liberdade de informação.
A SAD do FC Porto constituiu-se assistente no processo e teve o seu pedido de indemnização de 5 milhões de euros aprovado pela juíza Ana Dias, do Tribunal Judicial do Porto. Este montante diz respeito a danos infligidos ao clube, incluindo a perda de receitas, oportunidades de negócio e patrocínios, além de uma diminuição no rendimento desportivo da equipa principal de futebol, que prejudicou o acesso à Liga dos Campeões na última época. Também são mencionados danos à reputação.