FC Porto

Rodrigo Mora: aos 15 anos relatórios já o apontavam à equipa principal

No seu 11.º jogo pela equipa principal do F. C. Porto, Rodrigo Mora fez a sua estreia como titular anteontem em Moreira de Cónegos, demonstrando a razão pela qual Vítor Bruno apostou nele, com uma exibição amplamente aplaudida, que incluiu um golo e uma assistência, ambos cruciais para a vitória dos portistas (0-3).

A titularidade do jovem avançado, que tem sido pedida por muitos adeptos nas últimas semanas, tem sido, segundo apurou o JN, um assunto tratado com cautela pela estrutura do clube, que não deseja “lançar às feras” um jovem de apenas 17 anos, que tem um grande potencial. De acordo com as informações que obtivemos, o talento de Mora sempre se destacou nas camadas jovens do clube e, nos relatórios de final de época de vários escalões, como o de sub-17, onde jogou aos 15 anos, foi mencionado que se tratava de um jogador com potencial para integrar o plantel sénior, como já se verifica este ano.

No seu percurso nas camadas jovens, Rodrigo Mora demonstrou, para além da sua reconhecida habilidade técnica, uma maturidade acima da média, combinada com uma humildade que nem sempre é fácil de encontrar. Nos relatórios em questão, o jovem portuense foi descrito como uma pessoa muito calma, com um grande desejo de aprender e de se esforçar, além de ser um elemento que promove a união no balneário.

Em declarações ao JN, o ex-médio Chainho sublinha a necessidade de “muito cuidado” ao se apostar num jovem de 17 anos, especialmente numa equipa como o F. C. Porto. “Parece-me ser um jovem muito maduro, mas é importante ter calma. Acredito que Vítor Bruno está a ser inteligente na maneira como está a integrar Mora na equipa. O facto de ser um jogador que sempre se destacou nas camadas jovens e até nas selecções jovens é um ponto a seu favor”, afirma o ex-jogador.

Para o treinador Carlos Azenha, lançar um jogador como Mora “demasiado cedo” pode ser arriscado. “Nem sempre se pode ser titular de imediato e, quando se tenta apressar o processo, isso pode ser prejudicial. O desempenho nos treinos é que deve determinar se um jogador deve, ou não, ser titular”, sublinha.