FC Porto

Conselho de Disciplina abre inquérito aos incidentes no túnel no jogo frente ao Estrela

Na reunião semanal que teve lugar esta quinta-feira, o Conselho de Disciplina da FPF decidiu iniciar um inquérito sobre os incidentes que ocorreram no túnel de acesso aos balneários do Estádio do Dragão, após o encontro da 14.ª jornada da Liga entre o F. C. Porto e o Estrela da Amadora, onde o presidente do Porto, André Villas-Boas, esteve envolvido.

De acordo com informações, o inquérito visa “esclarecer o que aconteceu” no túnel do Dragão, com a responsabilidade do processo de investigação a ser atribuída à Comissão de Instrutores da Liga. Caso existam imagens televisivas do ocorrido, estas “poderão ser utilizadas como prova”.

É importante recordar que, na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo, o treinador do Estrela, José Faria, mencionou que houve uma confusão com empurrões no acesso aos balneários, com a presença do árbitro Miguel Nogueira e dos Assistentes de Recinto Desportivo (ARD), bem como de pessoas “não envolvidas no jogo”.

De acordo com os relatos do delegado da Liga e do árbitro, Villas-Boas dirigiu palavras contundentes ao vice-presidente do Estrela, Dinis Delgado, e ao jogador Danilo Veiga, que foi expulso na partida, ao se aperceber dos protestos dirigidos ao juiz. “Saiam daqui, esta não é a p… da vossa casa”, teria afirmado o líder do Porto, conforme o delegado da Liga, que também mencionou que o comandante da PSP no local, após rever as imagens do circuito interno de televisão do estádio, não constatou “factos graves”.

Se for punido, Villas-Boas poderá enfrentar uma multa que varia entre 306 e 3000 euros, se violar o artigo 141.º do regulamento disciplinar, que se refere à “inobservância de outros deveres”, ou uma suspensão que pode ir de um mês a dois anos, se o caso se enquadrar no artigo 136.º, que trata da “lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa” e do incitamento à “prática de atos violentos, conflituosos ou de indisciplina”, aplicável a dirigentes.

Na mesma reunião, o CD decidiu também abrir um inquérito sobre os acontecimentos do jogo entre o Famalicão e o F. C. Porto (1-1), referente à 13.ª jornada da Liga. Este procedimento foi motivado pelo arremesso de objetos para o terreno de jogo.

É de recordar que, após o apito final dessa partida, uma garrafa de água foi lançada da zona da claque e quase atingiu o técnico do Porto, Vítor Bruno, no momento em que a equipa azul e branca se encontrava junto da bancada onde se encontravam os Super Dragões.