Rodrigo Mora, que foi lançado na fase final do jogo pelo terceiro encontro consecutivo, fez muito em cerca de 10 minutos (incluindo compensação) que jogou contra o Estrela da Amadora, no último domingo. Para além de alguns detalhes técnicos interessantes, o talentoso jogador do Olival foi o responsável pela assistência no 2-0, que foi marcado por Gonçalo Borges. No entanto, o passe que resultou em golo do jovem de 17 anos ao serviço da equipa principal não foi o seu único momento de destaque. No dia 28 de outubro, o médio-ofensivo tinha já contribuído para a goleada (5-0) que os dragões impuseram no terreno do Aves SAD. Assim, ao somar esse remate certeiro à recente assistência para Borges, Mora tornou-se o jogador sub-17 que, neste século, mais rapidamente alcançou mais de uma participação direta em golo (130’) no clube.
Para chegar a esta conclusão, O JOGO fez um levantamento de todos os atletas que, desde 2001, estrearam pela equipa principal do FC Porto com 17 anos ou menos. A amostra não é muito ampla e, dos 11 jogadores que a constituem, cinco foram imediatamente excluídos do “ranking”, por não terem registado qualquer ação decisiva com a camisola azul e branca: estes são Kadú, Bruno Gama, Tomás Esteves, Paulo Machado e Gonçalo Sousa, este último a jogar na equipa B. Juntamente com Rodrigo Mora, restam Sérgio Oliveira, Fábio Silva, Rúben Neves, Martim Fernandes e Anderson. Os que mais se aproximam do atual camisola 86 são Fábio Silva e Sérgio Oliveira, que precisaram de 209’ para alcançarem duas participações diretas em golo. No caso do jogador que agora representa o Las Palmas, foram mesmo dois remates certeiros, enquanto o ex-capitão do Porto, agora no Olympiacos, fez duas assistências no mesmo número de minutos.
Ficam de fora jogadores como Anderson, Rúben Neves e Martim, que, por sua vez, já contabilizou quatro assistências para golo na atual temporada, mas tem tido uma utilização muito mais regular. Rodrigo Mora, por seu lado, esforça-se por maximizar as oportunidades que Vítor Bruno lhe tem proporcionado. Até ao momento, foram dez, mas as indicações do jogador formado no FC Porto começam a exigir um papel mais destacado. A decisão agora cabe ao treinador.