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Miguel Sousa Tavares: “Difícil entender a duração da prisão preventiva de Fernando Madureira”

Fernando Madureira foi detido no contexto da Operação Pretoriano. O ex-líder dos Super Dragões está encarcerado desde o início do ano. Miguel Sousa Tavares afirma que é “difícil” compreender a manutenção de Fernando Madureira na prisão.

A vida de Fernando Madureira mudou drasticamente em poucos meses. Há aproximadamente um ano, durante a Assembleia Geral do FC Porto, Madureira era o líder dos Super Dragões. O adepto, admirado por Pinto da Costa, era uma das figuras mais conhecidas do clube. No entanto, os eventos da noite de 13 de novembro de 2023, marcaram o início da descida de Fernando Madureira.

Miguel Sousa Tavares e o tempo de prisão de Fernando Madureira

Em pouco mais de um ano, Madureira deixou de ser o líder dos Super Dragões e está a cumprir pena na prisão associada à Polícia Judiciária do Porto. Sempre que é levado a tribunal, um destacamento de forças policiais supervisiona todos os seus movimentos. O Grupo de Intervenção e Segurança Prisional também está presente nas transferências de Madureira entre a prisão e o tribunal.

Recentemente, foi também revelado que Fernando Madureira foi expulso de sócio do FC Porto. A sua mulher, Sandra Madureira, assim como Vítor Catão, também está entre os suspeitos da Operação Pretoriano.

Fernando Madureira é o único arguido que permanece em prisão preventiva. Os outros suspeitos estão em prisão domiciliária ou sob medidas de coação, como a obrigação de se apresentarem periodicamente às autoridades.

É neste contexto que Miguel Sousa Tavares expressa a sua preocupação em relação ao tempo que Fernando Madureira está na prisão. No entanto, ele afirma que foi o “excesso de serviço a Pinto da Costa” que desencadeou os eventos.

Miguel Sousa Tavares: O efeito da prisão de Fernando Madureira

“Intolerável excesso de serviço a Pinto da Costa e os seus que tudo precipitou”, disse Sousa Tavares, em declarações ao Record.

O conhecido adepto do FC Porto explicou o que esse “serviço” possibilitou. Desde logo, a “oportunidade por via democrática” de “derrubar o poder instalado”. E isso “sem as habituais intimidações sobre os sócios protagonizadas pelos Super Dragões”. Foi também esse “serviço” que levou à “própria prisão de Madureira”.

Miguel Sousa Tavares acredita que se Madureira não estivesse detido, a situação teria sido diferente. Para o adepto, é provável que os portistas não se tivessem “exprimido livremente”. “Sem a prisão preventiva de Madureira, tenho dúvidas de que o universo portista se pudesse ter expressado livremente da forma avassaladora como o fez”.

Recentemente, ocorreu a expulsão de sócio de Fernando Madureira, entre outros. E Sousa Tavares aceita a decisão do Conselho Fiscal e Disciplinar do FC Porto. “O foro disciplinar é independente do outro”, referiu. “E os factos punidos ficaram à vista de todos”, acrescentou.

Entretanto, Miguel Sousa Tavares expressa a sua preocupação em relação ao tempo que Fernando Madureira permanece em prisão preventiva. “Dito isto, no entanto, também devo acrescentar, em consciência, que se está a tornar difícil compreender a duração (quase um ano!) da prisão preventiva de Fernando Madureira”, enfatizou Sousa Tavares.

Fernando Madureira nasceu a 13 de maio de 1975 na Ribeira. O ex-líder dos Super Dragões nasceu em um dos locais mais emblemáticos do Porto. Desde cedo, Fernando Madureira se interessou pelo futebol e se apaixonou pela bandeira do FC Porto. Em liberdade, Madureira acompanhava sempre o clube, tanto em Portugal como no estrangeiro.