Jorge Nuno Pinto da Costa revelou o livro «Azul até ao fim» na Alfândega do Porto, onde explicou diversas escolhas referentes à sua presença no funeral.
Convicto de que a morte deve ser vista «com naturalidade, em vez de ser encarada como desgraça ou fatalidade», Pinto da Costa indica na sua obra quem deseja que esteja e quem não deseja que esteja no seu funeral, excluindo, entre outros, os corpos sociais da direcção liderada por André Villas-Boas.
«Não é por lhes querer mal ou por ruptura de relações, mas sei que a presença de algumas das pessoas que menciono poderia, sem dúvida, causar desconforto àqueles que me conhecem. Por isso, escrevi e não quero que ninguém se vista de preto, em sinal de luto e tristeza. Quero que todos se vistam de azul por três motivos: é a cor do céu, do manto de Nossa Senhora e do FC Porto», destacou.
Alguns antigos jogadores do clube, como Hélton, Maniche, Eduardo Luís, António André e António Sousa, também foram excluídos das cerimónias fúnebres, ao contrário de um grupo restrito de amigos, que inclui Fernando Madureira.
«Houve pessoas que, infelizmente, não puderam estar presentes, mas que foram significativas para o FC Porto e para as suas vitórias. Refiro-me a Fernando Madureira», afirmou.
Sandra Madureira esteve presente na Alfândega do Porto, onde também compareceram os antigos administradores da SAD do Porto, como Luís Gonçalves, Vítor Baía, Fernando Gomes, Rita Moreira e o ex-treinador e actual acionista António Oliveira.
Entre outras personalidades, destaque para Valentim Loureiro, ex-presidente do Boavista e da Liga, e Nuno Lobo, que foi derrotado nas últimas duas eleições do FC Porto.
Antes do evento, a editora Contraponto anunciou a intenção de apresentar uma queixa-crime e de abrir uma investigação para descobrir a origem da fuga de informação da obra de Pinto da Costa.