As repercussões do livro de Pinto Da Costa, intitulado “Azul Até ao Fim”, começam a fazer-se sentir com intensidade no universo portista. A divulgação de certos pormenores relacionados com as contratações de Zé Luís e Nakajima, atribuídas à enorme pressão exercida por Sérgio Conceição, terá, de facto, deixado o antigo treinador surpreendido.
A este respeito, uma fonte próxima do técnico recorda ao O JOGO que foi alcançado um montante superior a 530 milhões de euros em vendas de jogadores ao longo dos últimos sete anos, período em que Conceição foi o treinador dos dragões, mencionando ainda os 347 milhões em receitas da UEFA no mesmo intervalo de tempo.
Num trecho do livro “Azul Até ao Fim”, Pinto da Costa mencionou que o FC Porto esteve, em 2022, à beira de não conseguir participar na Liga dos Campeões. “Estivemos, a dois dias do prazo estipulado pela UEFA, numa situação difícil – ou vendíamos o passe de um jogador ou não participaríamos nas Competições Europeias”, relata, indicando que as dificuldades começaram com o falhanço do empréstimo da Altice.
O antigo presidente do FC Porto afirma que, para ele, “era inaceitável” que o FC Porto falhasse a presença europeia. “Já tinha avisado os meus colegas que, se isso acontecesse, me demitiria. E expliquei-lhes que não havia outra solução, uma vez que essas dificuldades se deviam, fundamentalmente, a dois atos de gestão desastrosos – a aquisição de Zé Luís e de Nakajima”. “Não se pode usar a pressão que o treinador nos fez para a compra desses jogadores como desculpa, porque os responsáveis fomos nós ao ceder a essa pressão”, acrescenta.
Pinto da Costa revela que, nesse verão, o FC Porto recebeu propostas por Vitinha, Fábio Vieira e Taremi que considerou “lamentáveis, pois eram um aproveitamento da nossa situação”.