A área reservada aos Super Dragões causava um prejuízo que variava entre dois a três milhões de euros ao clube a cada época. Esta informação foi divulgada na segunda-feira por André Villas-Boas durante uma reunião com os colaboradores do clube.
O presidente do FC Porto discutiu diversos assuntos relacionados com a situação atual do clube. Para além do tema dos bilhetes, que eram oferecidos aos Super Dragões e posteriormente revendidos aos membros da claque, o líder dos portistas confirmou uma informação que foi avançada pelo Correio da Manhã logo após ter tomado posse: existiam apenas oito mil euros disponíveis, repartidos por várias contas bancárias. Além disso, o clube enfrentava uma dívida imediata de 15 milhões de euros, uma situação que levou a nova direção a recorrer a um empréstimo para honrar essas responsabilidades.
Villas-Boas também abordou a controvérsia em torno das transferências que envolviam intermediários, afirmando que “dois ou três empresários controlavam os negócios do clube”, o que o tornava “dependente das suas participações e até de empréstimos de capital”. Informou também os colaboradores do clube que irá submeter uma proposta para discussão em assembleia geral, com o intuito de limitar os mandatos a três no máximo. Esta proposta visa evitar uma liderança tão prolongada como a de Pinto da Costa, que exerceu 15 mandatos ao longo de 42 anos na presidência do clube azul e branco.
André Villas-Boas fez ainda uma promessa aos colaboradores, afirmando que “responsabilizará quem a auditoria forense identificar como tendo prejudicado o FC Porto”.