FC Porto

Pinto da Costa: “Sentido por perder as eleições? Nada. Às vezes sinto-me aliviado.”

Na quinta-feira, a plataforma TVI Player transmitiu uma entrevista realizada por Jorge Nuno Pinto da Costa ao programa ‘Contraste’, onde o ex-presidente do FC Porto ‘isentou’ os sócios do clube pela derrota nas eleições de abril, em relação a André Villas-Boas.

“Não digo que os sócios me abandonaram, mas foram levados a votar em sentido contrário pela campanha que foi preparada, como eles reconheceram, com anos de antecedência. Eles sabiam, porque tinham, infelizmente, alguns elementos dentro do clube que estavam a fazer jogo duplo e passavam todas as informações”, declarou.

“Houve uma campanha de desgaste, e, depois houve todo aquele Processo Pretoriano, que levou à prisão do Fernando Madureira. Tentaram ligar aquilo à direção do FC Porto e, para mim, foram essas as duas razões essenciais”, continuou.

“Não estou nada sentido. Às vezes, sinto-me aliviado, porque me deitava-me sempre com problemas que tinha por resolver, e, agora, não tenho essas preocupações. Estou mais tranquilo.”, completou o icónico presidente dos dragões.

Na mesma conversa, Jorge Nuno Pinto da Costa garantiu que tinha uma boa relação com Luís Filipe Vieira e Bruno de Carvalho, ex-líderes do Benfica e do Sporting, respectivamente, explicando como a relação entre todos foi evoluindo.

“O Luís Filipe Vieira, conhecia antes de ser presidente do Benfica, porque foi presidente do Alverca e tivemos uma boa relação, até houve jogadores que vieram do Alverca para o FC Porto. Depois, quando foi para presidente do Benfica, a relação deteriorou-se e estivemos até em guerra, mas hoje temos uma relação normal”, mencionou.

“O Bruno de Carvalho era, como dizem agora do Francisco [Conceição], um espalha-brasas no princípio, mas, depois, demo-nos muito bem. Achava-o muito engraçado, ainda hoje mantemos contacto, porque acho que foi muito injustiçado. Ele fez uma coisa que o Sporting não tinha, nem pensava ter, como um pavilhão”, acrescentou.

“Quando lançou a ideia do pavilhão, toda a gente dizia que era maluco, que era impossível, e o certo é que o pavilhão está lá, e, hoje, se não estivesse, o Sporting não teria os êxitos que teve. Na gerência dele, o Sporting ganhou os títulos em todas as modalidades. É um indivíduo que foi muito injustiçado no Sporting”, concluiu.