No programa Universo Porto da Bancada, o diretor de comunicação do FC Porto referiu-se aos lamentáveis incidentes na Assembleia Geral.
“Foi de facto muito mau, preferimos perder 5-0 do que ver o que aconteceu ontem. Sócios coagidos, agredidos, não pode acontecer nunca. É quase a benfiquização do FC Porto, nós gozávamos com essas coisas que aconteciam no Benfica. Temos uma tradição de respeito e pluralismo. Ter uma opinião diferente não é crime. Estas coisas não podem passar em claro, temos de ser muito severos na avaliação moral destes comportamentos para que nunca mais se repitam. O FC Porto é um espaço de liberdade.”
Falou ainda sobre uma possível divisão entre os sócios do FC Porto, referindo que “estas coisas distraem-nos do nosso caminho. Os adversários do FC Porto não estão dentro do clube, estão fora. E sabemos disso diariamente, sofremos na pele com isso. Não nos podemos distrair com a criação de inimigos internos, que não existem. Os nossos adversários estão para lá das paredes do FC Porto.”
Sobre os novos estatutos, Francisco J Marques apontou que estes não podem ser motivo de discórdia entre os sócios: “O Miguel Brás da Cunha que integra a comissão de revisão dos estatutos e o Conselho Superior, e não foi eleito pela lista da direção. E depois não vamos ter a capacidade de permitir que alguém tenha uma opinião diferente na AG? Estávamos a discutir uma revisão estatutária, uma coisa muito particular, cada um de nós tem uma opinião artigo a artigo. Sócios queixaram-se que tinha medo, com legitimidade. Estávamos todos muito afetados com o que aconteceu. Na segunda, temos todos a obrigação de ter um comportamento à FC Porto, honrar o clube, que é mais importante do que qualquer um de nós. A dignidade de nos comportarmos em condições. Se não for aprovado da maneira que eu quiser não vou insultar as pessoas.”