Depois da derrota pesada em Vila do Conde, Sérgio Conceição disse que tem muita coisa para rever, lamentou a falta de atitude e parabenizou o Rio Ave.
“Há pouco a explicar. Entrámos no jogo de uma forma que não foi planeada, estrategicamente queríamos ser a equipa que sempre fomos, pressionantes, condicionando a dinâmica do adversário, mas não fomos nem uma coisa nem outra. Deixámos que o adversário nos atraísse para colocar as bolas nas costas, perdemos duelos, perdemos segundas bolas, fizemos uma falta na primeira parte. Isto não carateriza a equipa do FC Porto. É vergonhoso para mim ter uma primeira parte destas”, começou por analisar Conceição.
“Hoje não fui digno sequer de me sentar no banco e comandar a equipa do FC Porto. Isto é extensível à equipa e a alguns jogadores. Para vestir esta camisola, há um mínimo que temos de dar. Eu ser mais inteligente na estratégia definida e passar a motivação. É normal o Rio Ave estar com os níveis motivacionais no máximo, nós no mínimo temos de estar iguais. Acabámos por sofrer, eles em cada a bola à baliza marcaram, nós fizemos 20 remates na segunda parte e podíamos ter feito 40”, continuou.
Sobre mérito do adversário: “O Rio Ave merecia ganhar, depois de um ano e tal, quando perdemos em Braga não merecíamos. Hoje foi merecido perdemos, independentemente de tudo o que estou aqui a dizer. Não fomos capazes de anular o adversário. É verdade que cada ação ofensiva resultou em golo e não fomos capazes de meter a atitude justa em jogo. É justo dizer que hoje não fui um treinador digno de defender a camisola do FC Porto”.
Como encarar o futuro: “É dissecar ao máximo este jogo. Olhos nos olhos, falarmos daquilo que não correu bem. Os meus jogadores trabalham muito bem durante a semana, eu sou muito exigente. É pena que depois desse trabalho todo, hajam dois jogos paupérrimos, que foi o de Vizela e o de hoje”.