Sérgio Conceição lamentou, depois da derrota em Vila do Conde, a falta de atitude da sua equipa, principalmente na primeira parte do jogo.
“Já tínhamos passado por momentos iguais em Vizela, onde dissecámos ao máximo esse jogo. Na primeira parte faltou tudo. Não podemos ter intenção de pressionar e depois não somos uma coisa nem outra. Temos uma falta na primeira parte, isto não existe. Os duelos perdidos, segundas bolas perdidas. O 3-0 nasce de uma segunda bola perdida por nós. Atitude muito distante no jogo. Em termos estratégicos sou o culpado. Cabe-me a mim, sou o treinador e assumo a responsabilidade pelo que se passou. O jogo que perdemos há um ano e pouco em Braga não foi merecido Este é o segundo jogo em mais de ano e meio. Há que dar mérito aos jogadores que não deixaram de saber fazer as coisas. Há que rever muita coisa a começar por mim”, admitiu Conceição.
“Encontro equipas que tentam ao máximo, dentro das suas possibilidades, dificultar a vida ao campeão nacional e com uma motivação acima da média. Só podemos meter a qualidade individual para fora dentro de um coletivo forte e hoje não fomos um coletivo forte. Os jogadores de equipas teoricamente não tão fortes estão sempre no máximo connosco. É a nossa luta. A mensagem é passada diariamente em cada treino. Hoje não tivemos… Há jogos assim. O futebol tem de ser sempre olhado de forma máxima e a verdade é que hoje não fomos dignos de, eu sentado no banco, de comandar a equipa do FC Porto na primeira parte e alguns jogadores não foram dignos de vestir esta camisola. Não fui digno de estar no banco a comandar a equipa pela primeira parte que fizemos. Não é possível uma equipa, campeã nacional, que praticamente não perde há um ano e tal – em Braga aconteceram coisas extra futebol. Temos de olhar para o presente. Isto é um jogo para lembrar, temos de baixar a cabeça e pensar no que não fizemos. A começar por mim”, finalizou, visivelmente aborrecido.