Em declarações aos canais oficiais do FC Porto, André Villas-Boas parabenizou Pinto da Costa pelos 40 anos de presidência, recordou a chegada ao FC Porto e da relação com o Presidente.
“Quando começo a ter memórias, aos cinco anos, há o amor de família e, em segundo, o amor ao clube do qual se gosta e esse meu amor é marcado por estes 40 anos de presidência do presidente Pinto da Costa. Também há quase que uma formação do ser e da pessoa por parte de Pinto da Costa em mim, porque quem tanto ama um clube acaba por ser moldado pelos valores que o unem a esse clube. E esses valores são transmitidos pela marca Porto, pela marca do presidente Pinto da Costa, pelo que ele conseguiu atingir aqui e, sem dúvida, que dentro do meu ser, dentro do meu amor pelo clube tenho esse vínculo dele”, começou por dizer, antes de falar da chegada à Invicta.
“Lembro-me que durante as negociações que existiam com a Académia para a minha vinda para o FC Porto, que primeiramente foram tratadas com o Antero [Henrique], houve uma altura em que pedi ao Antero para ser confortado pela palavra do presidente, como que a palavra final de conforto absoluto do líder máximo do FC Porto. E foi assim que, numa noite, o Antero colocou-me a falar com o presidente para ter essa confirmação de que me tornaria o treinador principal do FC Porto”, revelou.
Relação com Pinto da Costa: “A nossa relação não foi uma enciclopédia; foi muito mais do que isso. E muito mais do que ser enciclopédia, em número de palavras, é a relação transmitida pelo olhar e a gratidão, porque quem se habituou a relacionar-se com o presidente sabe que o seu olhar é fundamental. Pode ser fulminante, no caso das más memórias, mas, felizmente, no nosso ano, foram poucos esses olhares fulminantes. Mas também pode ser de gratidão, apreço e sentido comum por essas memórias que levo com maior vínculo. A troca de olhares, expressão, abraços, os cumprimentos e é isso que recordo mais do que palavras. Depois, na preparação de uma época, antes, durante e pós há momentos que são únicos e têm significado, mas a honra e o conforto da sua palavra é o que levo comigo”.
“Não é qualquer pessoa que se torna líder e, para se tornar líder de um clube e de uma região, é preciso ter um conjunto de traços de liderança que são únicos ao presidente e que as pessoas têm prazer em seguir. Essa é a primeira explicação para 40 anos [de presidência]. Um líder fraco não poderia ter feito o que o presidente fez. Depois, há tudo o que é relacionado com o futebol e o desporto: a construção de equipas, a antecipação de vitórias, o saber delinear e projetar uma equipa vencedora, projetá-la para a Europa… Nós conhecemos um FC Porto anterior a Pinto da Costa e um FC Porto na era Pinto da Costa, que foi quando nos expandimos para a Europa e conseguimos conquistar títulos inéditos, únicos e mais importantes que há no futebol mundial”, finalizou.