Em declarações ao jornal “O Jogo” na sequência do jantar comemorativo dos 40 anos de Presidência, Pinto da Costa fez um balanço das quatro décadas e recordou os que já partiram.
“O que se pode dizer ao fim de 40 anos de presidente de qualquer coletividade. A primeira coisa que deve ir à cabeça de qualquer um é que esse tipo é maluco. Mas aconteceu”, começou por dizer.
“A 23 de abril [de 1982] a nossa Direção tomou conta do clube. Foram tempos muito difíceis. Felizmente que muitos de nós, diretores dessa altura, ainda estão no meio dos vivos. Mas permitam-me que invoque sentidamente os que fizeram parte dessa Direção e já faleceram: o Dr. Pôncio Monteiro, o Rui Batista, o Armando Pimentel, o Carlos Lamas Pacheco, Fernando Vasconcelos, o Fausto Silva, o Teófilo Folhadela e o Jorge Freitas, que já não estão no meio de nós. Mas não os posso nunca esquecer, porque foram muito importantes a levar ao fim as nossas intenções”, continuou.
“Passados 40 anos, às vezes lembro-me daquele rapaz que estava a ser condecorado por ter-se atirado ao rio para salvar uma criança e depois perguntaram-lhe: ‘o que sente neste momento?’ E ele respondeu: ‘sinto vontade de saber quem foi o sacana que me empurrou’. Comigo foi diferente. Sei quem me empurrou: foi esse grupo, que eu chamava de forças desarmadas, e a minha mãe, que me indicou que era o meu destino”, revelou.