Ciclismo

Os algarvios da W52-FC Porto: “O segredo é sermos como irmãos”

Ricardo Mestre, Samuel Caldeira e Amaro Antunes são os algarvios da equipa que vai tentar vencer mais uma vez a Volta a Portugal. O JOGO acompanhou-os nos últimos treinos

A equipa de reportagem de O JOGO “fez” uma manhã de treino com os ciclistas algarvios da W52-FC Porto, que continuam a somar quilómetros em vésperas do arranque da Volta a Portugal, já na próxima sexta-feira. Encontrámo-nos em Tavira, fomos conversando, e subimos ao Cerro de São Miguel, também conhecido por Monte Figo, onde a vista é deslumbrante. Ricardo Mestre, Samuel Caldeira e Amaro Antunes estão serenos e a amizade que os une é meio caminho andado rumo aos êxitos. “O nosso maior trunfo, se calhar, é sermos como irmãos, tanto no ciclismo como fora dele. É uma amizade enorme. Estamos sempre próximos e, num momento decisivo, tiramos mais de nós próprios para ajudar um amigo. Isso pode fazer toda a diferença”, opina Ricardo, 33 anos, natural de Cortelha, Castro Marim, e vencedor da Volta em 2011.

Os portistas já fizeram um estágio em altitude, em Navacerrada, o que, diz Mestre, “estimula e melhora os valores fisiológicos”. São sessões “mais duras”, adianta Samuel Caldeira, 31 anos, de Manta Rota. “Dificulta a respiração e o corpo precisa de algum tempo para se adaptar. Mas depois conseguimos treinar com mais facilidade”, completa. Amaro Antunes, 26 anos, de Vila Real de Santo António, acha que os triunfos não se devem só à preparação cuidada: “Temos é um grupo forte e unido, de qualidade, o que se reflete nos resultados. Hoje em dia os métodos de treino são avançados e todos muito idênticos.”

A FC Porto-W52-Mestre da Cor é apontada como o equipa mais forte do pelotão nacional, e Ricardo Mestre não rejeita esse estatuto, mas com cautelas. “Temos três ciclistas que já ganharam a Volta [ele próprio, Gustavo Veloso e Rui Vinhas] e todos nos dão favoritismo. Só que a ambição é igual em todas as equipas e na prática, durante a corrida, as coisas podem mudar.” Samuel Caldeira corrobora a ideia e sublinha: “Se estiverem todos contra nós, é bom sinal, é sinal que estamos na frente”, apelidando o pelotão português de “muito homogéneo”. “Todas as equipas têm líderes capazes de lutar pelo triunfo.”

Já no alto do Cerro de S. Miguel, onde o ambiente é um tranquilizador, Mestre enfatiza as “inúmeras vezes” que o trio trepa ao Malhão e à Fóia. Porque não se ganha sem esforço!

 

fonte: ojogo.pt